quinta-feira, 12 de maio de 2016

Haruki Murakami - Sono (frag)

“Não preciso dormir”, pensei. Não me importo de ficar louca ou de perder o cerne da minha existência. Por mim, tudo bem. A única coisa que sei é que não quero ser consumida por uma tendência. Se para me curar desse desgaste provocado por essa tendência é necessário dormir periodicamente, não vou fazer isso. Não preciso dormir. Se por um lado o meu corpo vai ser consumido pela tendência, por outro sei que minha mente será somente minha. Sou capaz de mantê-la firmemente comigo. Não vou entregá-la a ninguém. Não quero ser curada. Não vou dormir. 

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