sábado, 24 de setembro de 2011

Kate Bush - Wuthering Heights(tradução)


Lá fora nas tempestuosas colinas
Nós giravamos e caíamos no gramado
Seu temperamento era como meu ciúmes
Ardente e ávido demais
Como pôde me abandonar
Quando eu mais precisei te possuir?
Eu te odiei, eu te amei também

Sonhos ruins à noite
Você me dizia que eu perderia a luta
Deixaria para trás minhas tempestuosas tempestuosas
Tempestuosas Colinas

Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela

Oh, aqui é escuro e solitário
Deste outro lado, longe de você.
Eu sinto tanta saudade, eu percebo que o destino
Fracassa sem você
Estou voltando amor, cruel Heathcliff
Meu sonho, meu único mestre

Há muito tempo eu vagueio pela noite
Estou voltando para o seu lado, para consertar isto
Estou voltando para casa, para minhas tempestuosas, tempestuosas
Tempestuosas Colinas

Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, eu voltei para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela

Oh, me deixe possuí-lo, deixe-me levar sua alma
Oh, me deixe possuí-lo, deixe-me levar sua alma
Você sabe que sou eu, Cathy

Heathcliff, sou eu, Cathy, venha para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, venha para casa
Sinto tanto frio, deixe-me entrar por sua janela
Heathcliff, sou eu, Cathy, venha para casa
Sinto tanto frio

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Casimiro de Abreu - Primaveras

A primavera é a estação dos risos.
Deus fita o mundo com celeste afago,
Tremem as folhas e palpita o lago
Da brisa louca aos amorosos frisos.

Na primavera tudo é viço e gala,
Trinam as aves a canção de amores,
E doce e bela no tapiz das flores
Melhor perfume a violeta exala.

Na primavera tudo é riso e festa,
Brotam aromas do vergel florido,
E o ramo verde de manhã colhido
Enfeita a fronte da aldeã modesta.

A natureza se desperta rindo,
Um hino imenso a criação modula
Canta a calhandra, a juriti arrula,
O mar é calmo porque o céu é lindo

Alegre e verde se balança o galho,
Suspira a fonte na linguagem meiga,
Murmura a brisa:- Como é linda a veiga!
Responde a rosa: - Como é doce o orvalho!

II
Mas como às vezes sobre o céu sereno
Corre uma nuvem que a tormenta guia,
Também a lira alguma vez sombria
Solta gemendo de amargura um treno.

São flores murchas:- o jasmim fenece,
Mas bafejado s’erguerá de novo
Bem como o galho do gentil renovo
Durante a noite quando o orvalho desce.

Se um canto amargo de ironia cheio
Treme nos lábios do cantor mancebo,
Em breve a virgem do seu casto enlevo
Dá-lhe um sorriso e lhe intumesce o seio.

Na primavera - na manhã da vida-
Deus às tristezas o sorriso enlaça,
E a tempestade se dissipa e passa
A voz mimosa da mulher querida.

Na mocidade, na estação fogosa,
Ama-se a vida- a mocidade é crença,
E a alma virgem nesta festa imensa,
Canta, palpita, s’ stasia e goza.


1º. de julho, 1858





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen - Árvores


Árvores negras que falais ao meu ouvido,
Folhas que não dormis, cheias de febre,
Que adeus é este adeus que m despede
E este pedido sem fim que o vento perde
E esta voz que implora, implora sempre
Sem que ninguém lhe tenha respondido?

Khalil Gibran - aforismo


 "Árvores são poemas
  Que a terra escreve para céu.
  Nós as derrubamos
  E transformamos em papel para registrar
  Todo o nosso vazio..."

sábado, 17 de setembro de 2011

Florbela Espanca - Realidade

Em ti o meu olhar fez-se alvorada,

E a minha voz fez-se gorjeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho.


Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada,
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho.


Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...


Tens sido vida fora o meu desejo,
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei, se te perdi...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sejas

e quando se olhar no espelho
e o vidro atravessar, ver enfim,
tua verdadeira face na luz ,

transparecerá.

por entre as margens, e clareiras,
que sejas o som, a chuva, a voz
dos dias de glória, e os sonhos,
a realizar.



J.A.Cabral
09/11













segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Blackmore's Night - Ghost of a Rose(tradução)


O vale verde era tão sereno
No meio corria um rio tão azul
Uma donzela loira, desesperada, uma vez conheceu seu amor verdadeiro lá e ela disse a ele...
Ela diria...
"Prometa-me que quando você vir uma rosa branca, pensará em mim
Eu te amo tanto,
Nunca esqueça,
Eu serei seu fantasma de uma rosa..."

Os olhos dela acreditavam em mistérios
Ela deitaria entre as folhas amarelas
O espírito selvagem, coração de uma criança, ainda assim gentil, quieto e moderado, e ele a amava...
Quando ela diria...
"Prometa-me que quando você vir uma rosa branca, pensará em mim
Eu te amo tanto,
Nunca esqueça,
Eu serei seu fantasma de uma rosa..."

Quando tudo estava feito, ela se virou para correr
Dançando para o sol poente, enquanto ele a observava
E mais ainda ele pensou ter visto
Um vislumbre dela sobre as terras incultas, para sempre
Ele a ouviria dizer...
"Prometa-me que quando você vir uma rosa branca, pensará em mim
Eu te amo tanto,
Nunca esqueça,
Eu serei seu fantasma de uma rosa...


sábado, 10 de setembro de 2011

O Teatro Mágico - Felicidade?


Caio Fernando Abreu - Frase

"Não sei o que faço, onde fico: 
tenho muito medo, mas confio em Deus. 
E apesar do meu medo há em mim uma paz enorme 
que eu chamo de felicidade."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Emilie Simon - Désert (Tradução)


Oh o meu amor, a minha alma-gêmea
Eu conto os dias conto as horas
Eu quero desenhá-lo num deserto
O deserto do meu coração

Oh o meu amor, o teu tom de voz
Faz a minha felicidade à cada passo
Deixe-me de desenhá-lo num deserto
O deserto do meu coração

Na noite às vezes, parada na janela
Eu espero e naufrago
Num deserto, o meu deserto, aí está

Oh o meu amor, o meu coração é pesado
Eu conto as horas, eu conto os dias
Eu quero desenhá-lo num deserto
O deserto do meu coração

Oh o meu amor, passo a minha volta
Eu abandonei os arredores
Eu deixo-o, aí está é tudo

Na noite às vezes, parada na janela
Eu esperarei e naufrago
Lanço ao vento as minhas tristes cinzas, aí está



Shakespeare - Comparar-te a um Dia de Verão?

Comparar-te a um dia de verão? 
Há mais ternura em ti, ainda assim: 
um maio em flor às mãos do furacão, 
o foral do verão que chega ao fim. 
Por vezes brilha ardendo o olhar do céu; 
outras, desfaz-se a compleição doirada, 
perde beleza a beleza; e o que perdeu 
vai no acaso, na natureza, em nada. 
Mas juro-te que o teu humano verão 
será eterno; sempre crescerás 
indiferente ao tempo na canção; 
e, na canção sem morte, viverás: 
    Porque o mundo, que vê e que respira, 
    te verá respirar na minha lira. 




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dupla face

O mal quando é grande, concentra
O bem, entretanto, se espalha
Ora, que paradoxo é a vida!
O mal, mesmo junto, é dividido;
O bem, porém, é comunhão.
Eis então a dupla face da vida:
O que agrega é também segregação.

09/11
J.A.Cabral









domingo, 4 de setembro de 2011

Silverchair - Anthem For The Year 2000 (tradução)

Nós somos os jovens
que jogaremos seu fascismo fora
Nós somos jovens,
deixe suas desculpas pra depois
Nós somos jovens
e os políticos se acham os certos
Nós somos os jovens
que estamos batendo na porta do inferno

Nunca pensei estar vivendo em um mundo
de mentes que se acham tão certas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
com mentes tão pequenas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
que é uma corte aberta
Talvez não queiramos viver em um mundo
onde a inocência é tão pouca

Vamos mudar isso para você
no ano 2000 com...

Nunca pensei estar vivendo em um mundo
de mentes que se acham tão certas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
com mentes tão pequenas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
que é uma corte aberta
Talvez não queiramos viver em um mundo
onde a inocência é tão pouca

Vamos mudar isso para você
no ano 2000
Construir isso pra você
no ano 2000
Vamos mudar isso para você
no ano 2000
Construir isso pra você
no ano 2000

Nunca pensei estar vivendo em um mundo
de mentes que se acham tão certas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
com mentes tão pequenas
Nunca pensei estar vivendo em um mundo
que é uma corte aberta
Talvez não queiramos viver em um mundo
onde ligam para tudo.

Vamos mudar isso para você
no ano 2000
Construir isso pra você
no ano 2000
Tornar isso difícil pra você
no ano 2000
Construir isso pra você
no ano 2000
Tornar isso difícil pra você
no ano 2000
Construir isso pra você
no ano 2000


 

sábado, 3 de setembro de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen - Com Fúria e Raiva

Com fúria e raiva acuso o demagogo 
E o seu capitalismo das palavras 

Pois é preciso saber que a palavra é sagrada 
Que de longe muito longe um povo a trouxe 
E nela pôs sua alma confiada 

De longe muito longe desde o início 
O homem soube de si pela palavra 
E nomeou a pedra a flor a água 
E tudo emergiu porque ele disse 

Com fúria e raiva acuso o demagogo 
Que se promove à sombra da palavra 
E da palavra faz poder e jogo 
E transforma as palavras em moeda 
Como se fez com o trigo e com a terra 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Teatro Mágico - Amanhã...será?

Se aliança dissipar..
e sentença for só desamor!
a tormenta aumentará!
Quando uma comunidade viva!
Insurrece o valor da Paz,
endurecendo ternamente!

Todo biit, byte , e tera..
será força bruta a navegar,
será nossa herança em terra!

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?

O "post" é voz que vos libertará.
Descendentes tantos insurgirão.
A arma, o réu, o véu que cairá.
Cravos e Tulipas bombardeiam,
um jardim novo se levantará.
O Jasmim urge do solo sem medo.

O sol reclama no Oriente.
Brada a lua que ilumina.
Rebelando orações e mentes.

Amanhecerá!
De novo em nós!
Amanhã, será?