quinta-feira, 31 de março de 2011

Lord Byron - Don Juan, frag.11 canto XVII (Tradução de Augusto de Campos)

Sou calmo – mas não sou calmo demais; 
Modesto – mas com autoconfiança; 
Paciente, sim – porém sem muita paz; 
Mutável – sem que se note mudança;
Tímido – mas às vezes muito audaz; 
Alegre, mas sem rir, porque isso cansa; 
Como se a minha minha pele, numa tez, 
Tivesse, onde não tem, duas ou três. 

 

terça-feira, 29 de março de 2011

Legião Urbana - Tempo Perdido

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...

Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...

segunda-feira, 28 de março de 2011

L&PM lança nova biografia de Virgínia Woolf

28/03/2011

Os 70 anos de morte da corajosa Virginia Woolf

Por L&PM Editores
"Ao jogar-se no Ouse na manhã do dia 28 de março de 1941, aos 59 anos, Virginia Woolf dá a 
prova final de sua coragem e de sua vontade". Assim termina Virginia Woolf, vigésimo volume
 da Série Biografias L&PM.
Contar o final do livro, aqui, não chega a ser uma traição aos leitores. Já que não é mistério 
algum a forma como a grande escritora britânica resolveu abreviar sua vida, há exatamente 
70 anos. 
O que talvez nem todos saibam - e aí está o valor maior dessa obra - é que, até chegar esse dia, 
Virginia precisou atravessar um pântano repleto de fantasmas do passado. Foi mais do que
corajosa. E não apenas na hora de encheros bolsos do casaco de pedras e mergulhar no gelado
 rio Ouse. Virginia Woolf foi a mais corajosa de todas ao se entregar sem medo à literatura e, 
através dela, mostrar-se, libertar-se, salvar-se.
De sua autoria, a L&PM publica Flush.


fonte: 
http://lpm.com.br/site/default.asp?ID=639184&SecaoID=816261&SubsecaoID=935305&Template=..%2Fartigosnoticias%2Fuser_exibir.asp&TroncoID=805133










Marissa Nadler - Virginia

The waves rush against the folds of my face
As I start to drown
The waves rush against the folds of my face
As I start to drown
Oh, Virginia
Virgina, Virginia
Die
In winter the water
will wash up above the waterside
In winter the water
will wash up above the waterside
Oh, Virginia
Virgina, Virginia
Die
With the rocks in your pockets
You walk up above the waterside
With the rocks in your pockets
You walk up above the waterside
Oh, Virginia
Virgina, Virginia
Die
The waves rush against the full of my face
As I start to fall
The waves rush against the folds of my face
As I start to fall
Oh, Virginia
Virgina, Virginia
Falls











.Música feita em homenagem a Escritora Virgínia Woolf, falecida em 28/03/1941

domingo, 27 de março de 2011

Lya Luft - Citação

‎"A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer[...]não importando nada." 



terça-feira, 22 de março de 2011

Virgínia Woolf - Citação

Nada, então, vai acontecer, nesta pálida manhã de março, 
para mitigar, velar, cobrir, ocultar, amortalhar este irrefutável acontecimento?

sábado, 19 de março de 2011

Ensemble pour toujours

Não há coincidências
e tenho duvidas sobre o destino,
mas o fato é que fomos escolhidos
e preparados para estarmos juntos agora.
Só agora, depois de conhecermos o inferno
beirar a morte e o caos, nós fomos ao limbo e voltamos
e então, talvez mais fortes,nos encontramos.
Se éramos sem vida, sem esperanças
já não o somos mais,porque temos um ao outro,
e não tem importância o que acontecerá.
Se unidos estamos, o que vier é lucro
e não tenho mais medo do que eu sei,
se o fim estiver de fato próximo,
não ficarei triste,
porque sei que vou estar contigo.
Deixe-me ser luz, e seja luz,
nós ainda temos muita coisa para enfrentar,
só que agora, enfrentaremos juntos.


J.A.Cabral 03/11.








quarta-feira, 16 de março de 2011

O Teatro Mágico - Uma parte que não tinha

Não tem sol, nem solução
não tem tempero no meu dia
Não faz mal se a tradição nos traduz outra alegria
Não ter pressa dá a impressão de que a tarde virou tédio
não tem bala, belo, bola ou balão
não tem bula meu remédio.
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz na tua certeza e na contradição
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz na tua palavra, no teu palavrão
Não tem sol, nem solução
não tem tempero no meu dia
Não faz mal se a situação não traduz nossa alegria
Não ter festa dá a impressão de que o mundo ficou sério
não tem bala, belo, bola ou balão
não tem bula meu remédio.
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu universo o sol é solidão
e não tem cura... acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu único verso o sol é solidão
Não tem mal, nem maldição
não tem sereno no meu dia
Não tem sombra e assombração
Não tem disputa por folia
Tem bola de capotão, capitão capture essa menina
tem saudade e saudação
tem uma parte que não tinha...


parte que não tinha... parte que não tinha...

segunda-feira, 14 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

Cassiano Ricardo - Sob um guarda-chuva

As luzes caíram trêmulas, na calçada.
E escorrem líquidas.

São luzes de todas as cores,
em pequenos naufrágios sobre o asfalto.

Se eu pudesse gemer como este vento,
como diria o poeta. . . 
E abro o pequeno céu com asa de morcego
mas chove em mim pelo vão de uma estrela.

A chuva me dá, sempre, uma sensação de raiz.
Tenho a impressão de estar coberto
de folhas verdes, espirrando água.
O mar estronda, carregado de prata
e peixes.
E eu logo penso em meu pai, lavrador.
Roupa cheirando chuva, o cabelo escorrido na testa.
Os sapatos no barro.
A chuva, para ele, era uma festa com arco-íris
ou sem arco-íris.

Pássaro branco sob o guarda-chuva
em exercício de ficar parado
sinto-me preso entre os quatro pontos cardeais
desta esquina pingando horas.
Nada mais falso do que um boletim meteorológico.

Ganhou da lua e da minha esperança.
Onde estarão os pequeninos barcos de papel de minha infância?
Estarão jogados, como objetos já sem uso
no cemitério dos navios mortos?

Penso na seca do Nordeste
no país das fatalidades cíclicas e dos contrastes
entre a rosa do sol e o Dilúvio.
A rosa do sol escondida no abismo do mapa
inteiramente cor de cinza.
A sensação da ausência, a árvore da chuva
desfeita em galhos torrenciais.
E eu, aqui, a afogar-me em água e, lá, o Nordeste de rosto enxuto.


2
O céu me atrai, porém a terra — com este cheiro 
de chuva —
me dá uma sensação de raiz.

A terra pode mais que o céu, quando a chuva
me molha a memória, me fecunda,
e eu sinto peixes e orquídeas no corpo.
Mas enquanto a chuva cai, torrencial,
e o vento a arrasta pelos cabelos de prata,
fico pensando, sob o meu guarda-chuva.

Penso que é absurdo comparar com a chuva
as nossas lágrimas (isso é demais, ó poeta).
Lágrimas quentes, que nos queimam os olhos,
e caem por dentro sobre ocultas feridas,
com este choro sem sal.

Além disso, os problemas municipais já esquecidos
e os nacionais, também, renascem, sob a chuva.
Os automóveis gritam, pedindo passagem,
uns roucos, outros tocando um começo de música.
Discutem prefeitura e tarde escura
a eterna questão do trânsito.
Um trovão quis contar-me um violento segredo
mas soletrou, apenas. Que monstruosa verdade
não terá ele pretendido dizer-me?

3
Deus rabiscou no espaço uma palavra de fogo
que não pude entender, por não saber hebraico,
mas que deve estar escrita em alguma passagem da Bíblia.
Onde terá caído esta faísca elétrica?

O que vale, pra mim, é que a casinha pequenina
onde nasceu o nosso amor, tem um coqueiro ao lado.

E se Franklin inventou pára-raios de luxo
para os arranha-céus, Deus botou um coqueiro
para servir de pára-raios junto à casa do pobre.

Dia sem céu.
(Nisto um transeunte
 
saiu correndo, atrás do seu chapéu)

























































fonte: http://www.fccr.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=577%3Alivro-08&catid=151%3Acassiano-ricardo&Itemid=67&limitstart=18

terça-feira, 8 de março de 2011

Augusto dos Anjos - Máscara


Eu sei que há muito pranto na existência, 
Dores que ferem corações de pedra, 
E onde a vida borbulha e o sangue medra, 
Aí existe a mágoa em sua essência. 

No delírio, porém, da febre ardente 
Da ventura fugaz e transitória 
O peito rompe a capa tormentória 
Para sorrindo palpitar contente. 

Assim a turba inconsciente passa, 
Muitos que esgotam do prazer a taça 
Sentem no peito a dor indefinida. 

E entre a mágoa que masc'ra eterna apouca 
A humanidade ri-se e ri-se louca 
No carnaval intérmino da vida.

sábado, 5 de março de 2011

The Cure - Love song(tradução)

Sempre que eu estou sozinho com você
Me faz sentir como se estivesse em casa novamente
Sempre que eu estou sozinho com você,
Me faz sentir como se estivésse completo novamente


Sempre que eu estou sozinho com você,
Me faz sentir como se fosse jovem de novo
Sempre que eu estou sozinho com você,
Me faz sentir como se eu fosse engraçado de novo


Embora a distância,
Eu sempre amarei você
Por mais longe que eu esteja,
Eu sempre amarei você
O que quer que eu diga,
Eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você


Sempre que eu estou sozinho com você,
Me faz sentir como se eu estivesse livre de novo
Sempre que eu estou sozinho com você,
Me faz sentir como se eu fosse puro de novo


Embora a distância,
Eu sempre amarei você
Por mais longe que eu esteja,
Eu sempre amarei você
O que quer que eu diga,
Eu sempre amarei você,
Eu sempre amarei você


terça-feira, 1 de março de 2011

Musas - Mitologia Grega

Na mitologia grega, as musas eram deusas irmãs veneradas desde tempos, e inicialmente, eram as inspiradoras dos poetas tendo sua influência estendida a todas as artes e ciências.
Em a Odisséia, Homero menciona nove musas, que constituíam um grupo indiferenciado de divindades. A diferenciação teve início com Hesíodo, que chamou-as Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Érato, Polímnia, Urânia, e Calíope (ou Caliopéia), a líder das musas. 
Em geral as musas eram tidas como virgens, ou pelo menos não eram casadas, o que não impede que lhes seja atribuída a maternidade de Orfeu, Reso, Eumolpo e outros personagens, de alguma forma ligados à poesia e à música, ou relacionados à Trácia.
Estátuas das musas eram muito usadas em decoração. Os escultores representavam-nas sempre com algum objeto, como a lira ou o pergaminho, e essa prática pode ter contribuído para a distribuição das musas entre as diferentes artes e ciências.
As associações entre as musas e suas áreas de proteção, no entanto, são tardias e apresentam muitas divergências. De maneira geral, Clio se liga à história; Euterpe, à música; Talia, à comédia; Melpômene, à tragédia; Terpsícore, à dança; Urânia, à astronomia; Érato, à poesia lírica; Polímnia, à retórica; e Calíope, à poesia épica. Mesmo na mitologia greco-romana existem outros grupos de musas, de cunho mais regional, como o das musas Méleta, da meditação; Mnema, da memória; e Aede, protetora do canto e da música.
Originalmente as Musas eram as divindades da primavera, depois foram chamadas de deusas das várias inspirações humanas. As nove Musas cantavam e dançavam, lideradas por Apolo, nas celebrações de deuses e heróis. As Musas induziam a memória dos humanos e inspiravam escritores e artistas.



Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br

Musas: Calíope - Mitologia Grega

Calíope ~ Eloqüência
Significado do nome: "Formoso rosto"

Calíope, a da Bela Voz, em grego , foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine, é a mais velha e mais distinta das nove Musas. Ela é a Musa da eloqüência e da poesia épica ou heróica.
Calíope ("linda voz") é a mãe de Orfeu e Linus com Apolo. Mãe de Linos, com Apolo e de Orfeu, das sereias e dos coribantes. Ela foi árbitro da disputa de Adônis entre Perséfone e Afrodite.É representada sob a figura de uma donzela de ar majestoso, coroada de louros e armada de grinaldas, sentada em atitude de meditação, com a cabeça apoiada numa das mãos e um livro na outra, tendo, junto de si, mais três livros: a Ilíada, a Odisseia e a Eneida.

Seus símbolos são um pergaminho, tábua de escrever e estilete.




Fontes: http://dharmadhannyael.blogspot.com/2010/05/urania-2.html
www.lunaeamigos.com.br
pt.wikipedia.org