sábado, 28 de setembro de 2013

Depeche Mode - Never Let Me Down Again(traduçao)

Eu estou dando uma volta com meu melhor amigo
Eu espero que ele nunca me desaponte de novo
Ele sabe onde está me levando
Levando-me aonde eu quero estar
Eu estou dando uma volta com meu melhor amigo

Nós estamos voando alto
Nós estamos vendo o mundo passar por nós
Nunca quero descer
Nunca quero por de volta meus pés no chão

Eu estou dando uma volta com meu melhor amigo
Eu espero que ele nunca me desaponte de novo
Promete-me que estou seguro como casas
Desde que eu me lembre de quem está usando as calças
Eu espero que ele nunca me desaponte de novo

Nós estamos voando alto
Nós estamos vendo o mundo passar por nós
Nunca quero descer
Nunca quero por de volta meus pés no chão
Nós estamos voando alto
Nós estamos vendo o mundo passar por nós
Nunca quero descer
Nunca quero por de volta meus pés no chão

Nunca me desaponte, nunca me desaponte
Nunca me desaponte, nunca me dasaponte

Veja as estrelas brilhando
Tudo esta bem hoje

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

John Green - A culpa é das estrelas (frag.)

Eu estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Eu estou apaixonado por você, e sei que o amor é um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos, todos nós, condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizermos voltará ao pó, e sei que o Sol vai engolir a única Terra para chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.

Neruda - Últimos poemas (o mar e os sinos) (frag)


domingo, 22 de setembro de 2013

Heroes

Nós poderíamos ser heróis
se voce parasse de apagar incendios
deixar as chamas consumirem tudo
deixar o medo destruir os telhados
as cinzas voando com nossos sonhos
poeira fumacenta sujando os cabelos
e eu só queria que o mundo acabasse.

Mas não dá para correr o tempo todo
fugir de tudo, todas as vezes,
e seríamos heróis, só essa noite,
se você deixasse o fogo aumentar
cada árvore inflamada pelo vento
cada centelha de esperança morrendo
e eu só queria que o mundo acabasse.


J.A.Cabral 9/13

David Bowie - Heroes (tradução)

Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos vencê-los, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia

E você, você pode ser mau
E eu, eu vou beber o tempo todo
Porque somos amantes, e isso é um fato
Sim, somos amantes, e isso é que

Embora nada, nos mantenha juntos
Nós poderíamos enganar o tempo, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, para todo o sempre
O que você diz?

Eu, eu gostaria que você pudesse nadar
Como os golfinhos, como os golfinhos podem nadar
Embora nada, nada vai nos manter juntos
Nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Oh, nós podemos ser heróis, apenas por um dia

Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia
Nós podemos ser nós, apenas por um dia

Eu, eu me lembro (eu me lembro)
De pé, junto à parede (na parede)
E as armas, disparou acima de nossas cabeças (sobre nossas cabeças)
E nós nos beijamos, como se nada pudesse cair (nada
Poderia cair)
E a vergonha, estava do outro lado
Oh nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Então poderíamos ser heróis, apenas por um dia

Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Só por um dia
Nós podemos ser heróis

Nós não somos nada, e nada vai nos ajudar
Talvez estejamos mentindo, então é melhor não ficar
Mas poderia ser mais seguro, apenas por um diaoh-oh-oh-oh, oh-oh-oh-oh, só por um dia

Oh-oh-oh-ohh, oh-oh-oh-ohh, apenas por um dia

sábado, 21 de setembro de 2013

Pablo Neruda - Ja és minha

Já és minha. Repousa com teu sonho em meu sonho. 
Amor, dor, trabalho, devem dormir agora. 
Gira a noite sobre suas invisíveis rodas 
e junto a mim és pura como âmbar dormido... 
Nenhuma mais, amor, dormira com meus sonhos... 
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.
Nenhuma viajará pela sombra comigo, só tu. 
sempre viva. sempre sol... sempre lua... 
Já tuas mãos abriram os punhos delicados 
e deixaram cair suaves sinais sem rumo... 
teus olhos se fecharam como
duas asas cinzas, enquanto eu sigo a água 
que levas e me leva.
A noite... o mundo... o vento enovelam seu destino, 
e já não sou sem ti senão apenas teu sonho...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Stephen Chbosky - As vantagens de ser invisível (frag)

"Então, eu acho que somos o que somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas."

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Angra - Time (tradução)

Agora eu quero saber o que a vida significa
... para vivê-la de novo
Estou aguardando ansiosamente, sinto a luz brilhar em meus olhos
E agora eu sei, meus instintos não estavam errados
E muitas coisas podem ser feitas
Eu não acredito agora
Que estou sonhando sozinho


Oh, estamos procurando pelo amor
que todos tem, mas não podem ver
Oh, além da carne e do sangue
há muito escondido atrás
como muito mais que teremos de dar


Sanidade traz a tristeza
que mantém suas ilusões trancadas em uma pequena caixa
Vem o medo, você se encontra sozinho
em uma jaula de conclusões lotando sua mente
Você se senta arqueando a cabeça
Toda resposta - sim
Por quê você não confia em mim e expõe seus medos
Escorrendo as lágrimas que você conteve
agora cobrem seus olhos
- Isso é bom para você ?


Eu estarei aqui quando o fogo queimar !


Bem vindo a bordo
aqui em cima é o navio de sua vida
Tão podre que irá naufragar
Serei sua doce canção de ninar toda a noite
E se você se perder você pode segurar minha mão...


Eu estarei aqui quando o fogo queimar
(Dentro do seu coração)
Escalando colinas e montanhas
não se esqueça do que você aprendeu !


A vida nos faz sentir o tempo que não podemos prender
Tempo nos faz viver um conto já contado
Tempo nos faz curar um sentimento por dentro
um sentimento que descansa em nosso coração
que nós roubamos...


Eu estarei aqui quando o fogo queimar
(Dentro do seu coração)
Escalando colinas e montanhas
não se esqueça do que você aprendeu !


A vida nos faz sentir (a vida nos faz sentir)
O tempo que não podemos prender
Tempo nos faz viver (tempo nos faz viver)
Um conto já contado
Tempo nos faz curar (tempo nos faz curar)
Um sentimento por dentro
um sentimento que descansa em nosso coração
que nós roubamos...

sábado, 14 de setembro de 2013

The Smiths - Asleep (tradução)

Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
Eu estou cansado e eu
Eu quero ir pra cama
Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
E então me deixe sozinho
Não tente me acordar de manhã
Porque eu terei ido
Não se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Do fundo do meu coração
Eu ficarei tão feliz em partir


Cante pra eu dormir
Cante pra eu dormir
Eu não quero mais acordar
Em mim mesmo
Cante pra mim
Cante pra mim
Eu não quero mais
Acordar em mim mesmo
Não se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Do fundo do meu coração
Eu realmente quero ir


Há um outro mundo
Há um mundo melhor
Bem, deve haver
Bem, deve haver
Adeus

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ÁLVARES DE AZEVEDO - 12 de setembro

I
O sol oriental brilha nas nuvens,
Mais docemente a viração murmura
E mais doce no vale a primavera
Saudosa e juvenil é toda em rosa...
Como os ramos sem folhas
Do pessegueiro em flor.
Ergue-te, minha noiva, ó natureza!
Somos sós — eu e tu: — acorda e canta
No dia de meus anos!
II
Debalde nos meus sonhos de ventura
Tento alentar minha esperança morta 
E volto-me ao porvir...
A minha alma só canta a sepultura
E nem última ilusão beija e conforta
Meu ardente dormir...
III
Tenho febre... meu cérebro transborda.
Eu morrerei mancebo, inda sonhando
Da esperança o fulgor...
Oh! cantemos ainda: a última corda
Treme na lira... morrerei cantando
O meu único amor!
IV
Meu amor foi o sol que madrugava
O canto matinal da cotovia
E a rosa predileta...
Fui um louco, meu Deus, quando tentava
Descorado e febril nodoar na orgia
Os sonhos de poeta...
V
Meu amor foi a verde laranjeira
Que ao luar orvalhoso entreabre as flores,
Melhor que ao meio-dia,
As campinas, a lua forasteira,
Que triste, como eu sou, sonhando amores
Se embebe de harmonia.
VI
Meu amor!... foi a mãe que me alentava,
Que viveu e esperou por minha vida
E pranteia por mim...
E a sombra solitária que eu sonhava
Lânguida como vibração perdida
De roto bandolim...
VII
Eu vaguei pela vida sem conforto,
Esperei o meu anjo noite e dia
E o ideal não veio...
Farto de vida, breve serei morto...
Não poderei ao menos na agonia
Descansar-lhe no seio...
VIII
Passei como Don Juan entre as donzelas,
Suspirei as canções mais doloridas
E ninguém me escutou...!
Oh! nunca à virgem flor das faces belas
Sorvi o mel nas longas despedidas...
Meu Deus! ninguém me amou!
IX
Vivi na solidão!... odeio o mundo
E no orgulho embucei meu rosto pálido
Como um astro na treva... 
Senti a vida um lupanar imundo:
Se acorda o triste profanado, esquálido
— A morte fria o leva...
X
E quantos vivos não caíram frios,
Manchados de embriaguez da orgia em meio
Nas infâmias do vício!
E quantos morreram inda sombrios,
Sem remorsos dos loucos devaneios...
— Sentindo o precipício!...
XI
Perdoa-lhes, meu Deus! o sol da vida
Nas artérias ateia o sangue em lava
E o cérebro varia...
O século na vaga enfurecida
Levou a geração que se acordava
E nuta de agonia...
XII
São tristes deste século os destinos!
Seiva mortal as flores que despontam
Infecta em seu abrir...
E o cadafalso e a voz dos Girondino
Não falam mais na glória e não apontam
A aurora do porvir!
XIII
Fora belo talvez, em pé, de novo,
Como Byron surgir, ou na tormenta
O herói de Waterloo...
Com sua idéia iluminar um povo,
Como o trovão nas nuvens que rebenta
E o raio derramou!
XIV
Fora belo talvez sentir no crânio
A alma de Goethe e reunir na fibra,
Byron, Homero e Dante;
Sonhar-se num delírio momentâneo
A alma da criação e o som que vibra
A terra palpitante...
XV
Mas ah! o viajor nos cemitérios
Nessas nuas caveiras não escuta
Vossas almas errantes,
Do estandarte da sombra nos impérios
A morte — como a torpe prostituta —
Não distingue os amantes.
XVI
Eu pobre sonhador... em terra inculta,
Onde não fecundou-se uma semente,
Convosco dormirei... 
E dentre nós a multidão estulta
Não vos distinguirá a fronte ardente
Do crânio que animei...
XVII
Ó morte! a que mistério me destinas?
Esse átomo de luz que inda me alenta,
Quando o corpo morrer, 
Voltará amanhã... aziagas sinas!...
Da terra sobre a face macilenta
Esperar e sofrer?
XVIII
Meu Deus, antes, meu Deus, que uma outra vida
Com teu sopro eternal meu ser esmaga
E minh’alma aniquila...
A estrela de verão no céu perdida
Também, às vezes, teu alento apaga
Numa noite tranqüila!...

domingo, 8 de setembro de 2013

Fernando Pessoa - Livro do Desassossego (Frag 91)

Uma vista breve de campo, por cima de um muro dos arredores, liberta-me mais completamente do que uma viagem inteira libertaria outro. Todo ponto de visão é um ápice de uma pirâmide invertida, cuja base é indeterminável.Houve tempo em que me irritavam aquelas coisas que hoje me fazem sorrir. E uma delas, que quase todos os dias me Lembram, é a insistência com que os homens quotidianos e activos na vida sorriem dos poetas e dos artistas. Nem sempre o fazem, como crêem os pensadores dos jornais, com um ar de superioridade. Muitas vezes o fazem com carinho. Mas é sempre como quemacarinha uma criança, alguém alheio à certeza e à exactidão da vida.Isto irritava-me antigamente, porque supunha, como os ingénuos, e eu era ingénuo, que esse sorriso dado às preocupações de sonhar e dizer era um eflúvio de uma sensação íntima de superioridade. E somente um estalido de diferença. E seantigamente eu considerava esse sorriso como um insulto, porque implicasse uma superioridade, hoje considero-o como uma dúvida inconsciente; como os homens adultos muitas vezes reconhecem nas crianças uma agudeza de espírito superior àprópria, assim nos reconhecem, a nós que sonhamos e o dizemos, uma qualquer coisa diferente de que eles desconfiam como estranha. Quero crer que, muitas vezes, os mais inteligentes deles entre- vejam a nossa superioridade; e então sorriem superiormente, para esconder que a entrevêem.Mas essa nossa superioridade não consiste naquilo que tantos sonhadores têm considerado como a superioridade própria. O sonhador não é superior ao homem activo porque o sonho seja superior à realidade. A superioridade do sonhador consiste em que sonhar é muito mais prático que viver, e em que o sonhador extrai da vida um prazer muito mais vasto e muito mais variado do que o homem de acção.Em melhores e mais directas palavras, o sonhador é que é o homem de acção.Sendo a vida essencialmente um estado mental, e tudo, quanto fazemos ou pensamos, válido para nós na proporção em que o pensamos válido, depende de nós a valorização. O sonhador é um emissor de notas, e as notas que emite correm na cidade do seu espírito do mesmo modo que as da realidade. Que me importa queo papel-moeda da minha alma nunca seja convertível em ouro, se não há ouro nunca na alquimia factícia da vida?Depois de todos nós vem o dilúvio, mas é só depois de todos nós.Melhores, e mais felizes, os que, reconhecendo a ficção de tudo, fazem o romance antes que ele lhes seja feito, e, como Maquiavel, vestem os trajes da corte para escrever bem em segredo.

sábado, 7 de setembro de 2013

Isabel Allende - De amor e de Sombra (frag)

A insurreição não poderá ser sempre controlada, crescerá e se multiplicará dentro das casernas, até que as balas não consigam esmaga-la. Então os soldados se unirão a população da rua e, da dor assumida e da violência superada, poderá surgir uma nova pátria.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Goethe - OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER(frag)

"Para ser feliz, poucas palavras bastam ao homem, menor numero ainda é preciso para que ele encontre repouso."

domingo, 1 de setembro de 2013

Virgínia Woolf - Ao farol (frag)

Podia ser ela mesma, quando estava só. E era isto que precisava fazer com frequência: pensar. Bem, nem mesmo pensar. Ficar em silêncio; ficar sozinha. E toda a existência, toda a atividade, com tudo que possuem de expansivo, brilhante, vibrante, vocal, se evaporavam. Então podia, com uma certa solenidade, retrair-se em si mesma, no âmago pontiagudo da escuridão, algo invisível para os outros.