Deslembro incertamente. Meu passado
Não sei quem o vive. Se eu mesmo fui,
Está confusamente deslembrado
E logo em mim enclausurado flui.
Não sei quem fui nem sou. Ignoro tudo.
Só há de meu o que me vê agora –
O campo verde, natural e mudo
Que um vento que não vejo vago aflora.
Sou tão parado em mim que nem o sinto.
Vejo, e onde o vale se ergue passa a encosta
Vai meu olhar seguindo o meu instinto
Como quem olha a mesa que está posta.
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