"Nenhuma história tem realmente um começo, e nenhuma história tem realmente um fim, uma vez que todas as histórias do mundo estão tão embaralhadas, com seus detalhes e segredos amontoados, do começo ao fim, dependendo de como você encara as coisas."
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Sobre Viver
Sim, sobreviverás!!!
Porque, se necessário,
minha vida será tua!
E se não for suficiente
te prometo os céus e os infernos,
e todas as nossas histórias e vidas.
Não ferir e ferir-se não é uma opção.
Pois onde há desequilíbrio, há dor,
e a dor desmerecida não pode
nem deve ser suportada...
Sacia-te da luz dos meus olhos
seja firme, seja forte, Sejas!!
Pois o futuro a nós pertence,
e a vida, é mais que um sonho vão...
J.A.Cabral 12/10
Porque, se necessário,
minha vida será tua!
E se não for suficiente
te prometo os céus e os infernos,
e todas as nossas histórias e vidas.
Não ferir e ferir-se não é uma opção.
Pois onde há desequilíbrio, há dor,
e a dor desmerecida não pode
nem deve ser suportada...
Sacia-te da luz dos meus olhos
seja firme, seja forte, Sejas!!
Pois o futuro a nós pertence,
e a vida, é mais que um sonho vão...
J.A.Cabral 12/10
Virgínia Woolf - Aforismo
sábado, 25 de dezembro de 2010
Vinícius de Moraes - Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
– Por isso temos braços
longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a... terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos
– Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai
– Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte
– De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
– Por isso temos braços
longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a... terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos
– Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai
– Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte
– De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Clarice Lispector - citação
"À duração da minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios."
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Creedence Clearwater Revival - Have You Ever Seen The Rain?
Alguém me falou há muito tempo
que há uma calmaria antes da tempestade.
Eu sei; vem vindo há algum tempo.
Dizem que quando terminar
Choverá num dia ensolarado.
Eu sei; brilhando como água.
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Caindo em um dia ensolarado?
Ontem, e dias antes
O Sol é frio e a chuva é forte
Eu sei, foi assim por toda minha vida
Até a eternidade
Através do círcula, rápido e devagar
Eu sei, isso não pode acabar, imagino
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?
Yeah!
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?
domingo, 19 de dezembro de 2010
Caio Fernando Abreu - Os dragões não conhecem o paraíso (frag.)
Então, que seja doce.
Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce , talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim(...)
Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce , talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim(...)
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sting - Desert Rose (tradução)
Ley leye ley leyee oh oh wow wow..
Hai beeno belep beeno
Venenha vesanowa ah dola dola dolati
Venenha vesanowa ah dola dola dolati
Venenha vesanowaa..
Ah me pasandi
Eu sonho com a chuva
Vesonowaa
Sonho com jardins na areia do deserto
Vesonowaa
Acordo com dores
Vesonowaa
Sonho com amor enquanto o tempo escorre pelas minhas mãos
Sonho com fogo
Esses sonhos estão atados a um cavalo que nunca cansa
E nas chamas
Sua sombra brinca na forma de um desejo masculino
Essa rosa do deserto
Cada um de seus véus, uma promessa escondida
Essa flor do deserto
Nenhum outro doce perfume me torturou mais do que esse
E quando ela vira
Desse jeito como ela caminha, na lógica de todos os meus sonhos
Esse fogo queima
Me dou conta de que nada é como parece ser
Eu sonho com a chuva
Sonho com jardins na areia do deserto
Acordo com dores
Sonho com amor enquanto o tempo escorre pelas minhas mãos
Sonho com a chuva
Ergo meu intenso olhar ao céu vazio
Fecho meus olhos, esse raro perfume
É a doce intoxicação de seu amor
Eu sonho com a chuva
Sonho com jardins na areia do deserto
Acordo com dores
Sonho com amor enquanto o tempo escorre pelas minhas mãos
Doce rosa do deserto
Cada um de seus véus, uma promessa secreta
Essa flor do deserto
Nenhum outro doce perfume me torturou mais do que esse
Doce rosa do deserto
Essa memória do éden assedia a nós todos
Essa flor do deserto, esse raro perfume
É a doce intoxicação do outono
William P.Young - A Cabana(frag.)
"A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará graça de inúmeras maneiras."
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Charles Baudelaire - Harmonia da tarde
Chegado é o tempo em que, vibrando o caule virgem,
Cada flor se evapora igual a um incensório;
Sons e perfumes pulsam no ar quase incorpóreo;
Melancólica valsa e lânguida vertigem!
Cada flor se evapora igual a um incensório;
Sons e perfumes pulsam no ar quase incorpóreo;
Melancólica valsa e lânguida vertigem!
Cada flor se evapora igual a um incensório;
Fremem violinos como fibras que se afligem;
Melancólica valsa lânguida vertigem!
É triste e belo o céu como um grande oratório.
Fremem violinos como fibras que se afligem;
Melancólica valsa lânguida vertigem!
É triste e belo o céu como um grande oratório.
Freme violinos como fibras que se afligem,
Almas ternas que odeiam o nada vasto e inglório!
É triste e belo o céu como um grande oratório;
Almas ternas que odeiam o nada vasto e inglório!
É triste e belo o céu como um grande oratório;
O sol se afoga em ondas que de sangue o tingem.
Almas ternas que odeiam o nada vasto e inglório
Recolhem do passado as ilusões que o fingem!
O sol se afoga em ondas que de sangue o tingem...
Fulge a tua lembrança em mim qual ostensório!
Recolhem do passado as ilusões que o fingem!
O sol se afoga em ondas que de sangue o tingem...
Fulge a tua lembrança em mim qual ostensório!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Plabo Neruda - Assim é minha vida
Meus deveres
caminham com meu canto.
Sou e não sou:
é esse meu destino.
Não sou,
se não acompanho as dores
dos que sofrem:
são dores minhas.
Porque não posso ser
sem ser de todos,
de todos os calados
e oprimidos.
Venho do povo
e canto para o povo.
Minha poesia
é cântico e castigo.
Me dizem:
"Pertences à sombra".
Talvez, talvez,
porém na luz caminho.
Sou o homem
do pão e do peixe,
e não me encontrarão
entre os livros,
mas com as mulheres
e os homens:
eles me ensinaram o infinito
caminham com meu canto.
Sou e não sou:
é esse meu destino.
Não sou,
se não acompanho as dores
dos que sofrem:
são dores minhas.
Porque não posso ser
sem ser de todos,
de todos os calados
e oprimidos.
Venho do povo
e canto para o povo.
Minha poesia
é cântico e castigo.
Me dizem:
"Pertences à sombra".
Talvez, talvez,
porém na luz caminho.
Sou o homem
do pão e do peixe,
e não me encontrarão
entre os livros,
mas com as mulheres
e os homens:
eles me ensinaram o infinito
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
William P.Young - A Cabana(frag.)
"A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará graça de inúmeras maneiras."
Clarice Lispector - A fuga
"Começou a ficar escuro e ela teve medo. A chuva caía sem tréguas e as calçadas brilhavam úmidas à luz das lâmpadas. Passavam pessoas de guarda-chuva, impermeável, muito apressadas, os rostos cansados. Os automóveis deslizavam pelo asfalto molhado e uma ou outra buzina tocava maciamente.
Quis sentar-se num banco do jardim, porque na verdade não sentia a chuva e não se importava com o frio. Só mesmo um pouco de medo, porque ainda não resolvera o caminho a tomar. O banco seria um ponto de repouso. Mas os transeuntes olhavam-na com estranheza e ela prosseguia a marcha.
Estava cansada. Pensava sempre: "Mas que é que vai acontecer agora?" Se ficasse andando. Não era a solução. Voltar para casa? Não. Receava que alguma força a empurrasse para o ponto de partida."
Avelã
Morra Traidora! Morra!!
travaste uma batalha vã,
um sacrifício vergonhoso,
martírio inútil, tu bem sabes
tola donzela de olhos avelã
sabes que não resta mais honra
e mesmo assim te atiras ao abismo
na estúpida esperança
de nao mais voltar.
J.A.Cabral 12/10
travaste uma batalha vã,
um sacrifício vergonhoso,
martírio inútil, tu bem sabes
tola donzela de olhos avelã
sabes que não resta mais honra
e mesmo assim te atiras ao abismo
na estúpida esperança
de nao mais voltar.
J.A.Cabral 12/10
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Edgar Allan Poe - Aforismo
"Mas como, na ética, o mal é uma consequência do bem, então, na verdade, da alegria nasce a dor.Ou a lembrança de bem-aventuranças passadas é a angústia de hoje, ou as agonias que existem têm sua origem nos extases que possam ter existido"
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Shophia Andresen - Aforismo
Nostalgia sem nome da paisagem,
Secreto murmurar de cada margem,
Que na escuridão se ergue e caminha
Secreto murmurar de cada margem,
Que na escuridão se ergue e caminha
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Huberto Rohden - frag.
"Os fatos finitos da ciência não podem conduzir ao valor infinito da consciência, deveríamos optar pela consciência, porque ela conduz à realidade do valor. O melhor seria pôr a ciência a serviço da consciência, os fatos a serviço dos valores."
Einstein - frag.
A perfeição dos meios e a confusão dos objetivos parece caracterizara nossa época. Se desejamos sinceramente e com ardor a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento livre dos talentos de todos os homens, não nos faltarão meios para atingir tal estado.Ainda que só uma pequena parte se esforce por tais objetivos, sua superioridade ficará comprovada a longo prazo.
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