Este é o quarto, o início de tudo
Nenhum belo retrato, somente folhas na parede
Tenha visto as noites, repletas de violência e dor
E os corpos conseguidos, a corporificação alcançada
Onde terminará? Onde terminará?
Onde terminará? Onde terminará?
Estes são seus amigos da infância, que o acompanharam pela sua juventude
Aqueles que te instigaram, aqueles que exigiram sua prova
A dor do afastamento é dura, pode te fazer ir direto para um estado
Tão distorcido e fraco, distorcido e fraco
Onde terminará? Onde terminará?
Onde terminará? Onde terminará?
Este é o carro no acostamento da estrada
Não há nenhuma perturbação, todas as janelas estão fechadas
Suponho que você estava certo quando nós falamos no calor
Não há lugar para a fraqueza, nenhum lugar para a fraqueza
Onde terminará? Onde terminará?
Onde terminará? Onde terminará?
Este é o quarto, o início de tudo
Através infância, através da juventude, me lembro de tudo
Tenho visto as noites, repletas de violência e dor
E os corpos conseguidos, os corpos conseguidos
Onde terminará? Onde terminará?
Onde terminará? Onde terminará?
domingo, 29 de junho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
Isabel Allende - Paula (frag)
"paciência, coragem, resignação, dignidade diante da morte. Se escrevo alguma coisa, tenho medo que aconteça, se amo demais alguém temo perdê-lo; no entanto não posso deixar de escrever nem de amar..."
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Virginia Woolf - Mrs. Dalloway (frag)
A morte era um desafio. A morte era uma tentativa de união ante a impossibilidade de alcançar esse centro que nos escapa; o que nos é próximo se afasta; todo entusiasmo desaparece; fica-se completamente só… Havia um enlace, um abraço, na morte.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Cuidador ferido
Não sei se
minha sensibilidade
É fraqueza, ou
coragem
Se é destruição
ou o que salva
Mas mesmo na
penumbra dessas vagas,
Me impressiono
com já imaginado.
E sofro, mais
uma vez, e novamente,
E outra,
talvez mais uma, e sempre mais
Como Quíron,
aturdido eternamente
Pela dor, que
o fim a vida nunca traz.
in memorian de J.M.B. e L.B.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
domingo, 15 de junho de 2014
Joy Division - Candidate (tradução)
Forçado pela pressão, o território está marcado,
Sequer o prazer, oh, eu já perdi o coração.
Corrompido da memória, sequer o poder
Está rastejando à tona lentamente, aquela ultima hora fatal.
Oh, eu não sei o que me fez ou o que me deu o direito
De confundir os seus valores e mudar o errado para certo.
Por favor mantenha sua distancia, a trilha conduz até aqui
Há sangue nos seus dedos, trazido pelo medo
Eu fiz campanha para nada, eu trabalhei duro para isso
Eu tentei chegar até você, você me trata assim
É só segunda natureza, é o que temos mostrado.
Estamos vivendo sob suas regras, isso é tudo que sabemos.
Eu tentei chegar até você
Eu tentei chegar até você
Eu tentei chegar até você
Oh, eu tentei chegar até você
Sequer o prazer, oh, eu já perdi o coração.
Corrompido da memória, sequer o poder
Está rastejando à tona lentamente, aquela ultima hora fatal.
Oh, eu não sei o que me fez ou o que me deu o direito
De confundir os seus valores e mudar o errado para certo.
Por favor mantenha sua distancia, a trilha conduz até aqui
Há sangue nos seus dedos, trazido pelo medo
Eu fiz campanha para nada, eu trabalhei duro para isso
Eu tentei chegar até você, você me trata assim
É só segunda natureza, é o que temos mostrado.
Estamos vivendo sob suas regras, isso é tudo que sabemos.
Eu tentei chegar até você
Eu tentei chegar até você
Eu tentei chegar até você
Oh, eu tentei chegar até você
Paulo Sene - Joy Division lança “Unknown Pleasures”, há 35 anos
Difícil. Pra mim, essa palavra resume o disco clássico do Joy
Division. Difícil descrever o tom quase mítico e religioso que envolve a
aura dessa banda. Sentimentos muito claros e ao mesmo tempo escuros
estão presentes nessa obra-prima.
O disco de estreia do quarteto de Manchester está repleto de texturas e nuances que só são percebidas em posteriores audições, nunca de cara. O prazer nunca vem fácil.
O pós-punk sempre teve sua força nas repetições, nos tons monocórdios nos gritos desesperados…
O produtor Martin Hannett somou a poesia de Ian Curtis camadas de ruídos e efeitos sonoros “estranhos”, o que ajudou a criar toda uma atmosfera sinistra e claustrofóbica em alguns momentos, ou melhor, em todos os momentos. O vocal abafado e a bateria simples e constante só reafirmam a toda hora a frieza digital, como em “Insight” e seus efeitos de videogame. Estranho.
A guitarra sublime em “New Dawn Fades”, com a já intrigante linha de baixo de um novato Peter Hook, nos leva, talvez, para um futuro promissor e esperançoso. Talvez.
Na sequência temos “She Lost Control” e tudo vem a baixo, de novo e de novo… ela perde controle. E nós também.
Num eterno jogo de sombras, somos bombardeados por “Shadowplay” e gostamos desse retrato em preto e branco, e dançamos, de uma forma esquisita, como Ian Curtis… como a mulher da música passada, como das próximas… das poucas próximas. O Joy Division não entrega nada de mão beijada, fácil. Não, obrigado.
fonte: http://efemeridesdoefemello.com/2014/06/15/joy-division-lanca-unknown-pleasures/
O disco de estreia do quarteto de Manchester está repleto de texturas e nuances que só são percebidas em posteriores audições, nunca de cara. O prazer nunca vem fácil.
O pós-punk sempre teve sua força nas repetições, nos tons monocórdios nos gritos desesperados…
O produtor Martin Hannett somou a poesia de Ian Curtis camadas de ruídos e efeitos sonoros “estranhos”, o que ajudou a criar toda uma atmosfera sinistra e claustrofóbica em alguns momentos, ou melhor, em todos os momentos. O vocal abafado e a bateria simples e constante só reafirmam a toda hora a frieza digital, como em “Insight” e seus efeitos de videogame. Estranho.
A guitarra sublime em “New Dawn Fades”, com a já intrigante linha de baixo de um novato Peter Hook, nos leva, talvez, para um futuro promissor e esperançoso. Talvez.
Na sequência temos “She Lost Control” e tudo vem a baixo, de novo e de novo… ela perde controle. E nós também.
Num eterno jogo de sombras, somos bombardeados por “Shadowplay” e gostamos desse retrato em preto e branco, e dançamos, de uma forma esquisita, como Ian Curtis… como a mulher da música passada, como das próximas… das poucas próximas. O Joy Division não entrega nada de mão beijada, fácil. Não, obrigado.
fonte: http://efemeridesdoefemello.com/2014/06/15/joy-division-lanca-unknown-pleasures/
sábado, 7 de junho de 2014
Veronica Roth - Convergente (frag)
Existem tantas maneiras de ser corajoso neste mundo. Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida por algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes, significa abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior. Mas, às vezes, não. Às vezes, significa apenas encarar a sua dor e o trabalho árduo do dia a dia e caminhar devagar em direção a uma vida melhor.
Esse é o tipo de coragem que preciso ter agora.
Esse é o tipo de coragem que preciso ter agora.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
John Green - A culpa é das estrelas (frag)
"Os verdadeiros heróis, no fim das contas, não são as pessoas que realizam certas coisas; os verdadeiros heróis são os que REPARAM nas coisas."
domingo, 1 de junho de 2014
Fernando Pessoa - Livro do desassossego (frag 116)
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.
A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
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