sábado, 6 de dezembro de 2014

Isabel Allende - Paula (frag)

Agora vejo-me obrigada a permanecer quieta e calada; por muito que corra não chego a parte alguma, se grito ninguém me ouve. Deste-me silêncio para examinar a minha passagem por este mundo, Paula, para retornar ao passado verdadeiro e ao passado fantástico, para recuperar as memórias que outros esqueceram, recordar o que nunca aconteceu e o que talvez aconteça. Ausente, muda e paralisada, tu és a minha guia. O tempo decorre muito lento. Ou talvez o tempo nem passe, mas sejamos nos a passar através do tempo.

Nenhum comentário: