terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Virginia Woolf - Ao farol (frag)
Se lançaram sobre ela os demônios que frequentemente a levavam à beira
das lágrimas e tornavam essa passagem da concepção à obra tão pavorosa
quanto a travessia de um corredor escuro para uma criança. Era assim que
frequentemente se sentia – lutando contra terríveis adversidades para
manter a coragem para dizer: “Mas isso é o que vejo; isso é o que vejo”,
e, assim, apertar contra o peito algum miserável resquício de sua
visão, que mil forças faziam tudo para lhe arrebatar. E foi então
também, neste caminho frio e ventoso, enquanto começava a pintar, que
foi assaltada por outras coisas, sua própria inadequação, sua
insignificância (…)
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