sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Gritos em Silêncio

grito sufocado na garganta. 
vontade de degolar a dor maldita. 
sangra, sangra e sangra. 
mas não, não vou morrer...


Fato que não ousaria 
revelar-te tal coisa, 
tal sentimento, tal vergonha. 
A brancura de teus sonhos 
permanecerá intacta 
e meus desejos insanos...


quem me dera coragem de contar-te!!
Ah quem me dera!! 
mas a vida me fez muda, 
logo que o coração calou-se 
diante da imensidão de tal amor...


e só de sombras 
de impossibilidades 
me sustento.
em trevas densas, 
desfazem minha vida 
em tão tristes tormentos


pensamentos aqueles,
da covarde que amou 
e não ousou se quer tocar-te
ou estender a mão,
num gesto ingênuo
para poder amar teus olhos
na eternidade.


J.A.Cabral 10/10








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