"(...) Há um obstáculo no fluxo do meu ser; um rio profundo pressiona um empecilho; empurra; puxa; um nó resiste no centro de mim. Ah, essa dor, essa agonia! Desfaleço, fracasso. Agora, meu corpo descongela; estou aberta, estou incandescente. Agora, o rio se derrama, vasta maré fertilizante rompendo eclusas, insinuando-se à forças por entre as gretas, inundando livremente a terra. A quem darei tudo o que flui através de mim, de meu corpo cálido, meu corpo poroso? Juntarei minhas flores e as darei - Oh! A quem?
(...)Quero dar; quero enriquecer alguém; quero devolver toda essa beleza ao mundo.Vou trançar minhas flores numa guirlanda única e, avançando com a mão estendida, haverei de dá-las - Oh! A quem?"
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