"—Por que não vai a Petrópolis? concluiu.
—Espero fazer outra viagem mais longa. muito longa...
—Para o outro mundo, aposto?
—Acertou.
—Já tem bilhete de passagem?
—Comprarei no dia do embarque.
—Talvez não ache. Há grande concorrência para aquelas paragens; melhor é comprar antes, e, se quer, eu me encarrego disso; comprarei outro para mim, e iremos juntos. A travessia, quando não há conhecidos, deve ser fastidiosa; às vezes, os próprios conhecidos aborrecem, como sucede neste mundo. As saudades da vida é que são agradáveis. A gente de bordo é vulgar, mas o comandante impõe confiança. Não abre a boca, dá as suas ordens por gestos, e não consta que haja naufragado."
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