sexta-feira, 30 de abril de 2010

C.S.lewis - Aforismo

"Só poderás conhecer a força de um vento
procurando caminhar contra ele,
não se deixando levar."

domingo, 25 de abril de 2010

Álvares de Azevedo - A Morte e o Mito (frag)

O domingo, 25 de abril de 1852, se iniciara sombrio na casa do Dr. Inácio Manuel Álvares de Azevedo, no Rio de Janeiro. Seu filho Manuel Antônio, o Maneco, pedira à mãe, D. Maria Luísa, que mandasse celebrar uma missa em seu quarto de doente. Sentia que, depois de mais de 40 dias prostrado no leito, vítima de uma série de males, que se manifestaram violentamente após uma queda de cavalo, chegara a hora da morte - que tanto cantara em seus versos de adolescente, apaixonado pelos delírios macabros de Byron e Musset.
Após se confessar ao padre arrumado às pressas, pediu à mãe, grávida de seu oitavo irmão, que se retirasse do quarto, pois precisava descansar. Por volta das 4 horas da tarde, com o auxílio do irmão Quinquim - quatro anos mais moço - ergueu-se um pouco do leito, beijou a mão de seu pai e, a custo, exclamou: "Que fatalidade, meu pai!"
Tentou ainda dizer algumas palavras, mas a boca já se contraía e o corpo jazia imóvel nos braços do irmão.
No enterro, discursou o parente Joaquim Manuel de Macedo, médico, professor e já um dos mais importantes e populares romancistas do Brasil, autor de A Moreninha (1844). Entre outros elogios, afirmava que "Deus tinha acendido na alma do mancebo aquele fogo sagrado da poesia, que eleva o homem acima da terra e faz correr de seus lábios, em cânticos sonoros, a linguagem do inspirado".
No dia 27 de abril, o Correio Mercantil, jornal onde então trabalhava Manuel Antônio de Almeida, publicou, na primeira página, uma nota em que se lia: "Nesse jovem, perdeu o Brasil um de seus mais esperançosos filhos, um coração patriótico e dedicado, um poeta cujos vôos deviam elevar-se a grandes alturas, um advogado que prometia em breve conhecer todos os arcanos das ciências jurídicas, pois que ainda no fervor dos anos já lhe eram igualmente familiares os poetas e literatos da Itália, da Alemanha, da França e da Inglaterra, assim como os escritos dos mais abalizados jurisconsultos e publicistas."
Ao morrer, Manuel Antônio Álvares de Azevedo havia publicado apenas alguns poemas e discursos em revistas acadêmicas de circulação restrita aos estudantes de Direito de São Paulo. Já era, no entanto, considerado, por aqueles que o conheciam, uma grande esperança poética e intelectual.

A sua morte, antes que chegasse a completar o vigésimo primeiro aniversário, privou-nos, nas palavras de José Veríssimo, "daquele que seria talvez o máximo poeta brasileiro". Seria... Talvez... O certo é que a morte jovem criou, como sempre, um mito. O mito do gênio doente e mórbido, que previra a própria morte em "Se Eu Morresse Amanhã":


"Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!"


















fonte: http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/morte_e_mito.htm

Álvares de Azevedo - Páginas da vida

Oh!Páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!

E que doido que eu fui! como eu pensava
Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!

Embora - é meu destino, em treva densa
Dentro do peito a existência finda...
Pressinto a morte na fatal doença!...

A mim a solidão da noite infinda!
Possa dormir o trovador sem crença...
Perdoa, minha mãe, eu te amo ainda!

Álvares de Azevedo - Desânimo (frag.)

Estou agora triste. Há nesta vida
Páginas torvas que se não apagam,
Nódoas que não se lavam... se esquecê-las
De todo não é dado a quem padece...
Ao menos resta ao sonhador consolo
No imaginar dos sonhos de mancebo!

Oh! voltai uma vez! eu sofro tanto!
Meus sonhos, consolai-me! distraí-me!
Anjos das ilusões, as asas brancas
As névoas puras, que outro sol matiza.
Abri ante meus olhos que abraseiam
E lágrimas não tem que a dor do peito
Transbordem um momento...

(...)

Álvares de Azevedo - Adeus, meus sonhos! (frag.)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta, meu Deus?!... morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!


Álvares de Azevedo - SAUDADES (frag.)

"E às primaveras disse adeus tão cedo
E na idade do amor envelheci!
Vinte anos! derramei-os gota a gota
Num abismo de dor e esquecimento..."


sábado, 24 de abril de 2010

Sirenia - The Seventh Summer(tradução)

O vapor em minha mente torna-se difícil de encontrar
As coisas na vida que eu perdi de volta ao tempo
E a trilha do meu coração tornou todos os caminhos tão escuros
Tão difícil de encontrar, tão difícil de ultrapassar

E todas as coisas que eu acreditava que fosse verdade
Nunca foram raízes para nada mas que mentiras
Para demônios em disfarce
E todas as estradas que fui passear
Agora, eu descobri que todos eles parecem marrons
Profundamente tão condenadas

E o vapor em meu coração torna isto difícil para amar
As coisas na vida que eu usei para o amor
E o rastro de minha alma me fez sentir muito frio
Tão perdido na vida, tão pra baixo e tão sozinho

E todas as coisas que eu acreditava que fosse verdade
Nunca foram raízes para nada mas que mentiras
Para demônios em disfarce
E todas as estradas que fui passear
Agora, eu descobri que todos eles parecem marrons
Profundamente tão condenadas

Aeons estão passando num piscar de olhos
Momentos congelados, todos os anos eu tentei negar
Memórias me assombram com o passar dos anos
Sinta o entardecer, sinta a queda, sinta o inverno por dentro

No sétimo verão da minha vida
Vi você virar as costar em tudo isto e me deixar para trás
Há um rio entre nós, isso se torna tão amplo
Eu gostaria que você estivesse aqui para consertar minha vida quebrada

E todas as coisas que eu acreditava que fosse verdade
Nunca foram raízes para nada mas que mentiras
Para demônios em disfarce
E todas as estradas que fui passear
Agora, eu descobri que todos eles parecem marrons
Profundamente tão condenadas

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lewis Carroll - Alice no País das Maravilhas (frag.)

- Então devias dizer o que pensas - continuou a Lebre de Março.

- E digo - apressou-se Alice a responder - ... pelo menos, penso o que digo ... é a mesma coisa, sabes?

- Não é nada a mesma coisa! - protestou a Lebre de Março. - Ora, nesse caso também podias dizer que « Vejo o que como » é a mesma coisa que « Como o que vejo»! "

As pessoas brincam com as palavras, ou usam as palavras, ou abusam das palavras. Será por ignorância? Será por maldade? Será por loucura? Vou dando mais atenção às ações que às palavras. É tão fácil dizer, agora fazer? Digo o que faço, faço o que digo. Hummm ... Poucas são as pessoas que fazem aquilo que dizem. Aliás quanto mais falam menos acertam. Penso o que digo, ou digo o que penso, digo o que não penso, não penso o que digo, tanto faz.

Lewis Carroll - Alice no País das Maravilhas (frag.)

"Que tipo de gente mora aqui?

- Naquela direção - disse o Gato de Cheshire, apontando com a pata direita - mora um chapeleiro. E naquela - apontou com a outra pata - mora uma lebre de março.Visite qual deles quiser: os dois são loucos.

- Mas não quero me meter com gente louca! - ressaltou Alice.

- Mas isso é impossível! - disse o Gato - Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.

- Como pode saber se eu sou louca ou não? - disse a menina.

- Mas só pode ser - explicou o Gato. - Ou não teria vindo parar aqui."

Lewis Carroll - Alice no País das Maravilhas (frag.)

“Quem é você?”, perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.

“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”(...)

“Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”

“Nem um pouco”, disse a Lagarta.

“Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”

“Você!”, disse a Lagarta desdenhosamente. “Quem é você?”!"

Notas esparsas sobre Alice - José Geraldo Couto

Tim Burton embaralhou em seu filme personagens, ambientes e situações dos dois livros de Lewis Carroll protagonizados pela menina Alice: No país das maravilhas (1865) e Do outro lado do espelho (1871).

As perguntas que se impõem são: 1) por que ele fez isso? 2) como fez isso? 3) o que resultou disso?


Minha hipótese, que articularia, ainda que precariamente, as três questões, é a de que o cineasta quis dar um sentido crítico e contemporâneo às fabulações do escritor britânico e de que fez isso potencializando os procedimentos intelectuais e estéticos do próprio Lewis Carroll.


Deslocamento e condensação

Justificado pelo fato de que Carroll constrói seus livros como dois longos sonhos, Burton usa e abusa das operações de deslocamento e condensação que constituem a base da linguagem onírica. Se nos sonhos os elementos da "vida diurna" mudam de lugar e se fundem uns com os outros, o cineasta faz o mesmo com o próprio universo criado pelo escritor, saqueando e manipulando a seu bel-prazer os personagens e situações presentes nos dois livros - e incorporados de múltiplas maneiras ao imaginário ocidental no último século e meio.

Assim, por exemplo, estão no filme os soldados do exército de cartas (do primeiro livro), mas eles obedecem à rainha vermelha (do segundo livro), e não ao rei e à rainha de copas. Seria cansativo (sobretudo para o leitor) elencar aqui todos os lances desse tipo, e a bem da verdade eu não seria capaz de fazer isso, pois não sou profundo conhecedor da obra de Carroll.

Wonderland = Underland

Burton reforça em seu filme o espírito lúdico das obras originais, multiplicando em ritmo alucinante as tiradas de non-sense, os jogos internos, os trocadilhos verbais e visuais. Mais do que isso, enfatiza uma ideia apenas esboçada em Lewis Carroll (escritor pré-freudiano, é bom lembrar), a de que o país das maravilhas (wonderland) é, na verdade, o mundo subterrâneo (underland). Ou seja, o mundo da fantasia é o mundo do inconsciente, ou do subconsciente, daquilo que é soterrado pela consciência, pela vigília.

A Alice de Tim Burton, já adulta, mistura em suas lembranças eventos ocorridos na infância com retalhos de sonhos e pesadelos. No magma impreciso que forma a memória afetiva, as imagens e sons da vigília têm a mesma espessura, a mesma densidade, daqueles do sonho e da imaginação.

Assim como a Alice do filme, aos 19 anos, retorna ao País das Maravilhas, que ela acreditava existir apenas em seus sonhos, o filme atual revisita o universo de Lewis Carroll buscando atribuir um sentido, uma ordem possível, a sua miríade de elementos.

Um conto de emancipação

Todas as grandes mudanças introduzidas por Tim Burton nas histórias originais têm, a meu ver, um objetivo central: dar à saga de Alice um sentido de emancipação feminina. É por isso que no filme ela já é uma moça de 19 anos, no limiar da vida adulta, é por isso que ela é escalada como a guerreira da rainha branca para vencer com a espada o monstro Jabberwocky.

O prólogo e o epílogo, ambientados no "mundo real", ou seja, na superfície, ressaltam o sentido feminista-libertário do filme.

Pois logo de início a jovem Alice é confrontada com a sina que a espera: casar-se com um bom moço da nobreza e ser uma dama do lar. A fuga assutada a esse destino coincide com a queda no mundo subterrâneo, que por vias retorcidas vai ajudá-la a se conhecer e iluminar seu caminho no mundo.

No começo da história Alice é simplesmente uma moça inquieta, que não se encaixa no modelo social e comportamental reservado a ela na sociedade vitoriana (assim como a Alice dos livros era só uma menina curiosa e imaginativa). Seu signo é o do desajuste, da inadequação. É no wonderland/underland que ela vai aprender a transformar esse handicap em vantagem, a se metamorfosear de menina em mulher, assim como a Lagarta Azul se transmuta em borboleta - a última imagem do filme, voando em 3-D em direção à plateia.

Não é casual o fato de que a grande tarefa exigida de Alice - matar o monstro - é uma ação heroica eminentemente "masculina" na cultura tradicional. E ainda por cima com o uso da espada, símbolo fálico por excelência. A princípio com relutância, a moça acaba por concordar em "roubar" o papel que seria do homem, em ocupar o seu espaço. A propósito: chama a atenção a ausência dos reis, branco e vermelho. Onde estão os homens nesse país das maravilhas?

O novo homem?

É aí que entra o personagem complexo e intrigante do Chapeleiro Maluco. Muita gente criticou, com certa precipitação, o fato de o Chapeleiro ter adqurido no filme um destaque tão grande ou até maior que o da protagonista. Mas isso certamente tem uma razão que vai além do carisma de Johnny Depp e da sua profunda afinidade com o diretor Tim Burton.

O Chapeleiro composto por Depp é, de certo modo, o contraponto ideal, complementar, à Alice emancipada do filme, carecendo de alguns atributos convencionalmente atribuídos ao homem. É corajoso e solidário, mas não bruto, nem competitivo. Tem algo de feminino em sua doçura, em sua atenção à aparência. Em certos momentos, parece mais um cabeleireiro do que propriamente um chapeleiro. Acima de tudo, há nele uma admiração pela nova mulher maravilhosa, mesclada com uma certa perplexidade e uma indisfarçável melancolia.

Fonte: http://blogdozegeraldocouto.folha.blog.uol.com.br/arch2010-04-18_2010-04-24.html


terça-feira, 20 de abril de 2010

Machado de Assis - Citação

"A solidão e o silêncio são asas robustas para os surtos do espírito."

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Especial Lord Byron

"Eat drink and love;
What can the rest avail us?"

Lord Byron - Biografia

A obra e a personalidade romântica de Byron tiveram, no início do século XIX, grande projeção no panorama literário europeu e exerceram enorme influência em seus contemporâneos, por representarem o melhor da sensibilidade da época, conferindo-lhe muito de sedução e elegância mundana.
George Gordon Noel Byron nasceu em Londres em 22 de janeiro de 1788. Em 1798 herdou o título nobiliárquico do tio-avô William, tornando-se o sexto Lord Byron. Ainda estudante em Cambridge, publicou seu primeiro livro de poesia, Hours of Idleness (1807; Horas de ócio), mal recebido pela crítica da prestigiosa Edinburgh Review. Byron respondeu com o poema satírico English Bards and Scotch Reviewers (1809; Bardos ingleses e críticos escoceses). Aos 21 anos ingressou na Câmara dos Lords, partindo pouco depois em viagem pela Europa e o Oriente Médio.

Ao voltar à Inglaterra, em 1811, publicou os dois primeiros cantos de Childe Harold's Pilgrimage (1812; Peregrinação de Childe Harold), longo poema em que narra as andanças e amores de um herói desencantado, ao mesmo tempo em que descreve a natureza da península ibérica, Grécia e Albânia. A obra alcançou sucesso imediato (entre 1812 e 1819 saíram 11 edições em inglês, além de várias traduções), e sua fama se consolidou com outros trabalhos, principalmente The Corsair (1814; O corsário), Lara (1914) e The Siege of Corinth (1916; O cerco de Corinto). Nesses poemas, de enredos exóticos e apesar das irregularidades, Byron confirmou seu talento para a descrição de ambientes.

Em 1816, o pedido de divórcio de Lady Byron (Anne Milbanke), após um ano de casamento, escandalizou a sociedade inglesa, que o associou aos rumores de incesto do poeta com sua meia-irmã Augusta Leigh, e Byron resolveu deixar a Inglaterra.

Na Suíça escreveu o canto III de Childe Harold's Pilgrimage (1816), The Prisoner of Chillon (1816; O prisioneiro de Chillon) e o poema dramático Manfred (1817), enigmático e demoníaco. Em Genebra viveu com Claire Clairmont e fez-se amigo de Shelley. Radicou-se depois em Veneza, onde levou existência agitada e licenciosa, documentada em cartas cheias de verve.

Compôs então o canto IV de Childe Harold's Pilgrimage (1818) e Beppo, a Venetian Story (1818; Beppo, uma história veneziana), poema em oitava-rima, de tom ligeiro e cáustico, em que ridiculariza a alta sociedade de Veneza. Em 1819 começou o poema herói-cômico Don Juan (1819-1824), sátira brilhante e atrevida, à maneira do século XVIII, que deixaria inacabada. No mesmo ano ligou-se à condessa Teresa Guiccioli, seguindo-a a Ravena onde, juntamente com o irmão dela, participou das conspirações dos carbonários.

Byron usou com igual mestria o verso curto de Walter Scott, o verso branco, a oitava-rima e a estrofe spenseriana. Seu aristocratismo se reflete na escolha de um estilo classicista pelo qual tratou uma temática fundamentalmente romântica. Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.

Como moda literária, o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX, com projeções crescentes e importantes nos países jovens da América. Foram sensíveis à influência de Byron, entre muitos outros, o espanhol Espronceda, os franceses Lamartine, Vigny e Musset, os russos Puchkin e Lermontov, o argentino Esteban Echeverría e o brasileiro Álvares de Azevedo.

Em novembro de 1821, tendo fracassado o movimento revolucionário dos carbonários, Byron partiu para Pisa, onde escreveu o drama The Deformed Transformed (1824; O deformado transformado). Em 1822 fundou, com Leigh Hunt, o periódico The Liberal. Foi a seguir para Montenegro e daí para Gênova. Nomeado membro do comitê londrino pela independência da Grécia, embarcou para aquele país em 15 de julho de 1823, a fim de combater ao lado dos gregos contra os turcos. Passou quatro meses em Cefalônia e viajou para Missolonghi, onde morreu em 19 de abril de 1824, após contrair uma misteriosa febre.

Lord Byron - Citação

"não falo, não suspiro, não escrevo seu nome.
Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo"

Lord Byron - Don Juan (frag.)

"Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores
Na noite das bodas de leve esvoaça
Mas ao leito de morte de seus senhores
Não falha - para gozar a desgraça..."

Lord Byron - CLXXIII She walks in beauty, like the night

Ela anda na beleza, igual à noite
De tempos sem nuvens e céus estrelados
E tudo isto é o melhor da escuridão e da claridade
Encontre-a seus aspecto e olhos
Assim admirado por aquela luz quente
No qual o céu???? Recusa

Uma sombra a mais, um raio a menos
Tido meio deficiente o sem nome graciosidade
Que ondas em todos corvo madeixa
Ou suavemente clareia o seu rosto
Onde idéias serenamente doce expressa
Quão puro , quão caro o seu habitando

E nessa bochecha , e acima de essa sobrancelha
Tão macio , tão calmo , ainda eloqüente
Os sorrisos que ganhamos , as matizes desse brilho
Mas falar de dias de bondade usufruídos
Uma mente em paz com todos abaixo
Um coração cujo amar é inocente!

Lord Byron - Citação

"A sua primeira paixão,
a mulher ama seu amante;
em todas as outras ela só ama o amor."

Lord Byron - Citação

"Na solidão é quando estamos menos sós."

Lord Byron - Citação

"Ainda que tivesse que ficar só,
não trocaria a minha
liberdade de pensar por um trono."

Lord Byron - Citação

Sabemos tão pouco do que estamos a fazer
neste mundo, que eu me pergunto a mim próprio
se a própria dúvida não está em dúvida.

Lord Byron - Citação

"A dor é dona da sabedoria e o saber amargo.
Aqueles que mais sabem, mais profundamente
sofrem com a verdade fatal."

Pitty - Byroniando(Poema)

De onde vem essa calma?
Isso eu queria saber
Já procurei em minha alma
E nunca soube responder

"Se eu te disser você promete
Ouvir atento e acreditar?
Vem da certeza da morte
Coisa que não posso mudar"

Pra tudo o mais tem um jeito
Pra todas as coisas ruins
A única fuga impossível
É a do inevitável fim

Se um dia desses com sorte
Eu encontrasse a própria morte
E com ela pudesse falar
Diria, "ó velha senhora
Me diga ao menos a hora
Para que eu possa me preparar!"

"Você não está pronto para tanto
Isso não lhe seria um alento
A bem da verdade, acredite
Só lhe aumentaria o tormento"

"Se eu te contasse agora
Que a você restam algumas horas
Entre tudo, o que escolher?
Saberia aproveitar normalmente
O tempo que há pela frente
Ou mesmo vivo já estaria a morrer?"

domingo, 18 de abril de 2010

Especial Albert Einstein

Albert Einstein: Biografia

O mais célebre dos cientistas do século XX, responsável por teorias que revolucionaram não apenas a física, mas o próprio pensamento humano, Einstein acreditava que só a evolução moral impediria uma catástrofe a nível planetário.


Albert Einstein nasceu na cidade alemã de Ulm, em 14 de março de 1879. Filho de um pequeno industrial judeu, iniciou os estudos em Munique e cedo se destacou no estudo da matemática, física e filosofia. Ainda na infância, incentivado pela mãe, começou a estudar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida. Com o objetivo de tornar-se professor, concluiu o curso de graduação no Instituto Politécnico de Zurique, em 1900, época em que já dedicava a maior parte de seu tempo ao estudo da física teórica. Obteve nessa época a cidadania suíça e, não tendo conseguido colocação na universidade, aceitou um lugar no departamento de patentes em Berna.

Em 1905, ano em que concluiu o doutorado, Einstein publicou quatro ensaios científicos, cada um deles com uma grande descoberta no campo da física. No primeiro, fez uma análise teórica do movimento browniano, produzido pelo choque das partículas de um líquido sobre corpos microscópicos nele introduzidos; no segundo, formulou uma nova teoria da luz, com o importante conceito de fóton, baseando-se na teoria quântica proposta em 1900 pelo físico Max Planck; no terceiro, expôs a formulação inicial da teoria da relatividade e no quarto e último trabalho, propôs uma fórmula para a equivalência entre massa e energia, a célebre equação E = mc2, pela qual a energia E de uma quantidade de matéria, com massa m, é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz, representada por c.

Descoberta da relatividade. No ensaio dedicado à relatividade, intitulado "Elektrodynamik Bewegter Körper" ("Movimento eletrodinâmico dos corpos"), o cientista afirma que espaço e tempo são valores relativos e não absolutos, ao contrário do que se acreditava até então. Afirma ainda ser a da luz a velocidade máxima no universo e acrescenta: para o corpo que se deslocasse a essa velocidade, o tempo sofreria uma dilatação, ao mesmo tempo em que se registraria uma contração do espaço. Assim, o corpo que permanecesse em repouso envelheceria em relação ao outro corpo, em movimento.

Cada vez mais respeitado no meio acadêmico, Einstein ensinou em Berna, Zurique e Praga, entre os anos de 1909 e 1913. Foi então convidado a ocupar uma cátedra na Universidade de Berlim, que pouco depois acumulou com a direção do respeitado Instituto Kaiser Wilhelm. Nessa época, sua grande preocupação era a generalização da teoria da relatividade, com a elaboração de uma nova teoria capaz de interpretar, por meio de considerações semelhantes, o campo eletromagnético e o campo gravitacional, que acabaria por receber a denominação de teoria do campo unificado. Em 1916, o cientista publicou Grundlage der allgemeinen Relativitätstheorie (Fundamento geral da teoria da relatividade), formulação final da teoria geral da relatividade. Nesse mesmo ano, passou a manifestar uma preocupação com os problemas sociais que o acompanharia ao longo de toda a sua carreira.

Em 1919, Einstein tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar. Por essa época começou a viajar pelo mundo, não apenas para expor suas teorias físicas, mas também para debater problemas como o racismo e a paz mundial. Uma dessas viagens o traria ao Brasil, em 1925. Em 1921, foi agraciado com o Prêmio Nobel de física e indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou Über die spezielle und allgemeine Relativitätstheorie gemeinverständlich (Sobre a teoria da relatividade especial e geral), obra de divulgação.

A noção de equivalência entre massa e energia, a do continuum quadridimensional e outras descobertas de Einstein provocaram uma verdadeira renovação do pensamento humano, num período de grande fertilidade intelectual, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências. Os resultados de suas descobertas foram utilizados como argumento tanto pelos defensores do empirismo de total rigor lógico quanto pelos adeptos do idealismo matemático, segundo o qual o universo pode ser reduzido à abstração das fórmulas e das relações numéricas.

Bomba atômica e pacifismo. Em 1933, um ano após visitar universidades e instituições de pesquisas nos Estados Unidos, Einstein renunciou a seus cargos na Alemanha, onde os nazistas já estavam no poder, e fixou residência em território americano. Passou a ensinar no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, do qual se tornaria diretor. Em 1940 adotou a cidadania americana.

Durante esse período, o desenvolvimento de armas nucleares e as manifestações cada vez mais freqüentes de racismo no mundo constituíram as principais preocupações de Einstein. Os físicos alemães Otto Hahn e Lise Meitner tinham descoberto como provocar artificialmente a fissão do urânio. Na Itália, as pesquisas de Enrico Fermi indicavam ser possível provocar uma reação em cadeia, com a liberação de um número cada vez maior de átomos de urânio e, em conseqüência, de enorme quantidade de energia. Fermi, que acabara de chegar aos Estados Unidos, e os físicos húngaros Leo Szilard e Eugene Wigner pediram então a Einstein que entrasse em contato com a Casa Branca. Ele escreveu então uma carta ao presidente Franklin Roosevelt em que alertava para o risco que significaria para a humanidade a utilização pelos nazistas da tecnologia nuclear na fabricação de armas de grande poder destrutivo. Logo após receber a mensagem, o chefe de estado americano deu início ao projeto Manhattan, que tornou os Estados Unidos pioneiros no aproveitamento da energia atômica em todo o mundo e resultou na fabricação da primeira bomba atômica.

Embora não tivesse participado do projeto e sequer soubesse que uma bomba atômica tinha sido construída até que Hiroxima fosse arrasada, em 1945, o nome de Einstein passou para a história associado ao advento da era atômica. Durante a segunda guerra mundial, ele participou da organização de grupos de apoio aos refugiados e, terminado o conflito, após o lançamento de bombas atômicas em Hiroxima e Nagasaki, uniu-se a outros cientistas que lutavam para evitar nova utilização da bomba. Intensificando a militância pacifista, defendeu particularmente o estabelecimento de uma organização mundial de controle sobre as armas atômicas. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.

A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais vale destacar Warum Krieg? (1933; Por que a guerra?), em colaboração com Sigmund Freud; Mein Weltbild (1949; O mundo como eu o vejo); e Out of My Later Years (1950; Meus últimos anos). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e mais profunda do universo. Suas descobertas tornaram possível entender o comportamento das partículas animadas de grande velocidade e suas respectivas leis. Os princípios da relatividade revolucionaram a física newtoniana pois, com o emprego de aceleradores, tornou-se possível obter partículas animadas de enorme velocidade, cuja mecânica em muito se afasta das leis newtonianas.

Einstein conseguiu reduzir as leis da mecânica e harmonizá-las com aquelas que regem as propriedades dos campos eletromagnéticos. Com sua concepção de fóton, permitiu que mais tarde se fundissem, na teoria ondulatória de Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo, o que no século anterior parecia impossível. Albert Einstein morreu em Princeton, em 18 de abril de 1955.

Einstein - Texto

O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.

Albert Einstein - citação

"Só existem duas formas de viver a sua vida.
A primeira é pensando que o milagre não existe;
a outra é pensando que tudo é milagre."

Albert Einstein - citação

"A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério.
Essa é a fonte de toda a arte e ciências verdadeiras."

Albert Einstein - citação

"olhem para as estrelas e aprendam com elas!"

sábado, 17 de abril de 2010

Epica - Tides of Time(tradução)

Você sempre esteve lá para segurar minha mão
Quando o tempo era difícil de entender
Mas agora as marés do tempo se viraram
Elas continuam mudando

Estações se estendem, mas você continua o mesmo
Um coração fixo, um sol à chuva
Você será a luz clara que brilhará
Acima de mim

Outono dourado, abraço perdido
Somos folhas destinadas a cair
Há um significado para tudo que desvanece
Ventos frios foram manchados por palavras quentes
Para tocar sua cura para a dor
Eu vou entesourar cada lição aprendida para as brasas

Fogo falhado, rubor pálido
Nós vamos responder o chamado
Há um significado para todas nossas

Sementes de elogio para semear juntamente com os sonhos
Preencher a necessidade que pode nos deixar de luto sozinhos

Frágil é a nossa beleza no final
Mas tudo o que conta é o sentimento

Uma memória fica para guiar o camanho
e sussurrar

Não perca de vista, não desista
Somos folhas destinadas a cair
Há um significado para todas nossas

Sementes de elogio para semear juntamente com os sonhos
Preencher a necessidade que pode nos deixar de luto sozinhos
Uma sinfonia ressoando em nossas mentes
Nos guia através do que sabemos
que viria

Às vezes sinto que não tenho palavras
Às vezes sinto que não estou sendo ouvido
E então temo não sentir mais nada

Às vezes sinto que não quero esta mudança
Acho que todos temos que nos reorganizar
E agora sinto que não há mais perda
Sementes de elogio para semear juntamente com os sonhos
Preencher a necessidade que pode nos deixar de luto sozinhos
Uma sinfonia ressoando em nossas mentes
Nos guia através
como você me escuta
como você faz
como você precisa de mim

Tornando verdade

Que nós soubemos o que viria

domingo, 4 de abril de 2010

Leaves' Eyes - Ocean's Way (tradução)

O caminho do oceano
Toca meu coração como fogo
Eu não posso controlar você
Você tem umas camadas mais profundas

Você está vivo e você é selvagem
Quando você for mais próximo a mim
Eu inclino-me para a frente para tocar em você
Mas você me surpreendeu

Quando eu me inclinar de encontro a você
Eu cairei completamente
Às vezes você parece dormir
Então uma tempestade que vem completamente
Tema o caminho do oceano

Ah, se eu temo você
E você travou na raiva
Os deuses não podem controlá-lo
Os ventos fazem-no ir mais altamente

Se eu nadar à terra
Eu necessitarei ir acima
Você irá girar ao meu redor
Quando a tempestade que vem completamente

Quando a manhã brilhante
Eu admiro o clarão prateado
dentro de você
Eu olho neste espelho

Caminho do oceano

O caminho do oceano
É as ondas governadas pelos ventos

Olavo Bilac - Em uma Tarde de Outono

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...

Fernando Pessoa - Ode Marítima (frag.)

(...)
Ah, quem sabe, quem sabe,
Se não parti outrora, antes de mim,
Dum cais; se não deixei, navio ao sol
Oblíquo da madrugada,
Uma outra espécie de porto?
Quem sabe se não deixei, antes de a hora
Do mundo exterior como eu o vejo
Raiar-se para mim,
Um grande cais cheio de pouca gente,
Duma grande cidade meio-desperta,
Duma enorme cidade comercial, crescida, apoplética,
Tanto quanto isso pode ser fora do Espaço e do Tempo?

(...)

Clarice Lispector - As águas do Mundo (frag. de Felicidade Clandestina)

Às seis horas da manhã, a mulher entra no mar: este, o mais ininteligível das existências não humanas; ela, o mais ininteligível dos seres vivos.

Ela vai entrando, cumprindo uma coragem. Avançando, abre o mar pelo meio. Ela brinca com a água. Com a concha das mãos cheia de água, bebe em goles grandes. “E era isso o que lhe estava faltando: o mar por dentro como o líquido espesso de um homem.

Agora ela está toda igual a si mesma.”

Mergulha de novo, de novo bebe mais água. Como contra os costados de um navio, a água bate, volta, não recebe transmissões. Depois caminha na água e volta à praia. Agora, pisa na areia. “E sabe de algum modo obscuro que seus cabelos escorridos são de um náufrago. Porque sabe – sabe que fez um perigo. Um perigo tão antigo quanto o ser humano.”

J.R.R.Tolkien - O Silmarillion(frag.)

" (...) e muitos dos Filhos de Ilúvatar escutam, ainda insaciados, as vozes do Oceano, sem contudo saber porque o fazem."

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Alice in "waterland" by Elena Kalis

A fotógrafa russa Elena Kalis teve uma idéia sensacional: “E se Alice, depois de cair dentro do buraco do coelho, acabou caindo no meio no meio (e dentro) do oceano?” confuso. Fato! Mas foi pensando assim que Kalis deu origem a sua versão subaquática de Alice in Wonderland, o Alice in Waterland.

As fotos estão incríveis, gostei tanto que estou postando umas por aqui (se sou viciada em Alice no Pais das Maravilhas?? imagina... )

para ver a coleção completa é só ir no carbonmade da Elena Kalis
http://elenakalis.carbonmade.com/projects/2289942#4

Alice in "waterland" by Elena Kalis

Alice in "waterland" by Elena Kalis


Alice in "waterland" by Elena Kalis

Avril Lavigne - Alice (Underground)

Alice in wonderland (Tim Burton) Theme

Passeando
Andando em circulos
Estou em baixo da terra Eu caí
Sim, eu caí

Eu estou enlouquecendo
Então, onde eu estou agora?
De cabeça para baixo
E eu não posso parar agora

Isso não pode me parar agora
oooh Oooooh Oooohhh Oooh Oooooh Oooohhh
Eu - eu vou superar
Eu - eu vou sobreviver

Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu cair e atingir o chão
Eu darei a volta por cima
Não tente me parar
Eu - eu não vou chorar
Eu me encontrei
No País das Maravilhas
Voltar aos
Meus pés de novo
Isso é real?
Isso é fingimento?
Tomarei uma posição
Até o fim

Eu - eu vou superar
Eu - eu vou sobreviver
Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu cair e atingir o chão

Eu darei a volta por cima
Não tente me parar
Eu - eu não vou chorar

[2x]Eu - eu vou superar
Eu - eu vou sobreviver
Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu cair e atingir o chão
Eu darei a volta por cima
Não tente me parar
Eu - e eu não vou chorar