quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Virginia Woolf - Montaigne (frag)
Pois, para além da dificuldade de comunicar aquilo que se é, há a suprema dificuldade de ser aquilo que se é.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Virginia Woolf - Diário, volume II (frag)
(...)
Falei com o L. ontem à noite sobre a morte; a estupidez da morte; o que ele iria sentir se eu morresse. Ele abandonaria talvez a editora; mas disse que uma pessoa deve ser natural. E a sensação de velhice a invadir-nos: e o sofrimento de perde os amigos; e a minha antipatia pela geração mais nova; e depois raciocino que devo ser compreensiva. E agora estamos mais felizes.
24.12.1931
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Radiohead - 15 step (tradução)
Como pude terminar onde comecei?
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos do bola novamente.
Você me enrola e depois corta o fio
Como pude terminar onde comecei?
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos da bola novamente
Você continua a me enrolar e depois corta o fio
Você costumava ser legal
O que aconteceu?
O gato comeu sua língua?
Seu fio desenrolou?
Um por um
Um por um
Vem para todos nós
É tão macia quanto seu travesseiro
Você costumava ser legal
O que aconteceu?
Etcetera, etcetera
Fatos para o que quer que seja
Quinze passos
E então um precipício
Como pude terminar onde comecei?
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos do bola novamente
Você me enrola e depois corta o fio
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos do bola novamente.
Você me enrola e depois corta o fio
Como pude terminar onde comecei?
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos da bola novamente
Você continua a me enrolar e depois corta o fio
Você costumava ser legal
O que aconteceu?
O gato comeu sua língua?
Seu fio desenrolou?
Um por um
Um por um
Vem para todos nós
É tão macia quanto seu travesseiro
Você costumava ser legal
O que aconteceu?
Etcetera, etcetera
Fatos para o que quer que seja
Quinze passos
E então um precipício
Como pude terminar onde comecei?
Como pude terminar onde errei?
Não tirarei meus olhos do bola novamente
Você me enrola e depois corta o fio
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
sábado, 14 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Charlotte Brontë - Jane Eyre (frag)
Não sou um pássaro, e não fui presa em uma armadilha. Sou um ser humano livre com minha vontade independente.
domingo, 23 de agosto de 2015
Virginia Woolf - A viagem (frag.)
"É tão raro pensarmos em qualquer coisa além de nós mesmos que uma ferroada de vez em quando é até agradável."
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Evandro Affonso Ferreira - Os piores dias de minha vida foram todos(frag)
Quando contei que estava quase toda a semana com insônia, indagou-me incontinente:
- Sem a pequena morte de toda noite, como sobreviver à existência de cada dia?
- Sem a pequena morte de toda noite, como sobreviver à existência de cada dia?
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
Virginia Woolf - A viagem (frag.)
"E depois, nunca sabemos o que sentimos. Estamos todos no escuro.
Tentamos descobrir, mas pode imaginar algo mais ridículo do que a
opinião de uma pessoa acerca de outra pessoa? Achamos que sabemos, mas
na verdade não sabemos."
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Jack Kerouac - Geração Beat (frag)
"(...) eu acho que todo mundo devia amar todo mundo, acho que essa é única mensagem... a única mensagem e ninguém nunca acredita nela".
quinta-feira, 2 de julho de 2015
James Joyce - Retrato do artista quando jovem (frag)
"Ele estava longe de tudo e de todos, sozinho. Ele estava desligado
de tudo, feliz, rente ao coração selvagem da vida. Estava sozinho, e era
jovem, cheio de vontade, e tinha um coração selvagem; estava sozinho no
meio dum ermo de ar bravio, entre águas salobras, entre a colheita
marítima de conchas, entre emaranhados e redemoinhos, entre claridades
embaçadas de cinzento, entre figuras de crianças, e de raparigas
vestidas de alegria, e de luz, entre vozes infantis e joviais que
enchiam o ar."
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Florence and The Machine - Shake It Out (tradução)
Remorsos se acumulam como velhos amigos
Aqui para reviver seus momentos mais sombrios
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
E todos os monstros saem para brincar
E cada demônio quer seu pedaço de carne
Mas eu gosto de guardar algumas coisas pra mim
Gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
E eu fui tola e cega
Nunca consigo deixar o passado pra trás
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
Estou sempre carregando esse peso nas costas
E todas as suas questões, tal ruído de sofrimento
Esta noite eu enterrarei esse peso na terra
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
E eu cansei desse meu coração sem graça
Então, esta noite vou arrancá-lo e recomeçar
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
E é difícil dançar com um demônio nas costas
E com metade de uma chance
Eu tomaria alguma coisa de volta?
É um bom romance, mas me deixou tão arruinada
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Oh whoa, oh whoa
E estou condenada se eu fizer
E condenada se não fizer
Então, estou aqui para brindar no escuro
Ao final da minha estrada
E estou pronta para sofrer
E pronta para ter esperança
É um tiro no escuro mirando direto na minha garganta
Pois buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Bem, que se dane
Vou deixar acontecer comigo
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
Aqui para reviver seus momentos mais sombrios
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
E todos os monstros saem para brincar
E cada demônio quer seu pedaço de carne
Mas eu gosto de guardar algumas coisas pra mim
Gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
E eu fui tola e cega
Nunca consigo deixar o passado pra trás
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
Estou sempre carregando esse peso nas costas
E todas as suas questões, tal ruído de sofrimento
Esta noite eu enterrarei esse peso na terra
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
E eu cansei desse meu coração sem graça
Então, esta noite vou arrancá-lo e recomeçar
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
E é difícil dançar com um demônio nas costas
E com metade de uma chance
Eu tomaria alguma coisa de volta?
É um bom romance, mas me deixou tão arruinada
É sempre mais escuro antes do amanhecer
Oh whoa, oh whoa
E estou condenada se eu fizer
E condenada se não fizer
Então, estou aqui para brindar no escuro
Ao final da minha estrada
E estou pronta para sofrer
E pronta para ter esperança
É um tiro no escuro mirando direto na minha garganta
Pois buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Bem, que se dane
Vou deixar acontecer comigo
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Virginia Woolf - Noite e dia (frag.)
É a vida que importa, nada além da vida,
processo de descoberta, perene, perpétuo processo,
não a descoberta em si, absolutamente.
processo de descoberta, perene, perpétuo processo,
não a descoberta em si, absolutamente.
sábado, 6 de junho de 2015
Jennifer Niven - Por Lugares Incríveis (frag.)
O que percebo agora é que o que importa não é o que a gente leva, mas o que a gente deixa.
terça-feira, 2 de junho de 2015
George Orwell - Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios (frag.)
A virtude consistia em vencer; consistia em ser maior, mais forte, mais bonito, mais rico, mais popular, mais elegante, mais inescrupuloso do que os outros; em dominá-los, intimidá-los, fazê-los sofrer dor, fazê-los parecer idiotas, tirar o melhor deles de todas as maneiras. A vida era hierárquica e tudo que acontecesse estava certo. Havia os fortes, que mereciam vencer e sempre venciam de fato, e havia os fracos, que mereciam perder e sempre perdiam, perpetuamente.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Jack Kerouac - On The Road (frag.)
"(...) gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico
todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir.
Assim é a noite, e é isso o que ela faz com você, eu não tinha nada a
oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão."
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Virginia Woolf - A viagem (frag)
Agora tinham o que sempre quiseram ter, a união que fora impossível
enquanto estavam vivos. Inconsciente de estar pensando ou pronunciando
alto as palavras, ele disse:
- Nunca houve duas pessoas tão felizes como nós fomos. Ninguém amou como
nós amamos.
Pareceu-lhe que sua completa união e felicidade enchiam o quarto com
círculos que se ampliavam cada vez mais. Ele não tinha nenhum desejo não
realizado no mundo. Ambos possuíam o que não lhes poderia ser tirado.
sábado, 2 de maio de 2015
Clarice Lispector - Água Viva (frag)
A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque. Não grita nunca o seu perfume. Violeta diz levezas que não se pode dizer.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Florence and The Machine - Landscape (tradução)
Ela não consegue mais ver a paisagem
Está tudo pintado em sua aflição
Toda a sua história gravada a seus pés
Agora toda a paisagem
É apenas um lugar vazio
Acres de saudades
Montanhas de ternura
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
Ela quer o silencio, mas teme a solidão
Ela quer estar sozinha e junto de você
Então, ela correu para o farol
Esperava que isso a ajudaria enxergar
Ela viu que o farol foi arrastado para o mar
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
Eu quero te devolver o céu aberto
Devolver o mar aberto a você
Abrir as eras, querida, para você enxergar
Você colocou a arma dentro da sua boca para morder
Você puxou-a e cuspiu fora
Porque está correndo na família
Todos os rituais meus e seus
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
Está tudo pintado em sua aflição
Toda a sua história gravada a seus pés
Agora toda a paisagem
É apenas um lugar vazio
Acres de saudades
Montanhas de ternura
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
Ela quer o silencio, mas teme a solidão
Ela quer estar sozinha e junto de você
Então, ela correu para o farol
Esperava que isso a ajudaria enxergar
Ela viu que o farol foi arrastado para o mar
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
Eu quero te devolver o céu aberto
Devolver o mar aberto a você
Abrir as eras, querida, para você enxergar
Você colocou a arma dentro da sua boca para morder
Você puxou-a e cuspiu fora
Porque está correndo na família
Todos os rituais meus e seus
Porque ela é como o clima
Não consegue se manter
Nascida da água escura
Filha da chuva e da neve
Porque está queimando através das gerações
Está cortando a árvore da família
Crescendo na paisagem, querida
Entre eu e você
sábado, 25 de abril de 2015
Virginia Woolf - A viagem (frag)
"Você não pode ver a minha bolha; eu não posso ver a sua; tudo o que vemos um do outro é uma partícula, como a mecha no centro daquela chama. A chama anda conosco por toda parte; ela não é exatamente nós, mas o que sentimos; o mundo é breve, ou as pessoas principalmente; toda sorte de pessoas."
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Clarice Lispector - Água viva (frag)
Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Aristóteles e Dante Descobrem Os Segredos do Universo - Benjamin Alire Sáenz
"Fiquei pensando que poemas são como pessoas. Algumas pessoas você
entende de primeira . Outras você simplesmente não entende...e nunca
entenderá."
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Caio Fernando Abreu - Ovelhas Negras (frag)
"A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Carta de amor aos mortos - Ava Dellaira (frag)
"Porque, quando você fala em beleza, não está falando em algo bonito, está falando de algo que nos torna humanos."
sábado, 28 de março de 2015
Florence and The Machine - What The Water Gave Me (tradução)
O tempo levou-nos
Para onde a água estava
Isso é o que a água me deu
E o tempo passa mais rápido
Entre nós dois
Oh, meu amor, não me abandone
Pegue o que a água me deu
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
E oh, pobre Atlas
O burro de carga do mundo
Você esteve carregando por um longo tempo
E todo este anseio
E os navios foram deixados para enferrujar
Isso é o que a água nos deu
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Porque eles tomaram os seus entes queridos
Mas os devolveram em troca de você
Mas você teria outra maneira?
Você teria de outra maneira?
Você poderia ter tido de outra maneira
Porque ela é uma amante cruel
E a barganha precisa ser feita
Mas, oh, meu amor, não me esqueça
Quando eu deixar a água me levar
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Para onde a água estava
Isso é o que a água me deu
E o tempo passa mais rápido
Entre nós dois
Oh, meu amor, não me abandone
Pegue o que a água me deu
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
E oh, pobre Atlas
O burro de carga do mundo
Você esteve carregando por um longo tempo
E todo este anseio
E os navios foram deixados para enferrujar
Isso é o que a água nos deu
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Porque eles tomaram os seus entes queridos
Mas os devolveram em troca de você
Mas você teria outra maneira?
Você teria de outra maneira?
Você poderia ter tido de outra maneira
Porque ela é uma amante cruel
E a barganha precisa ser feita
Mas, oh, meu amor, não me esqueça
Quando eu deixar a água me levar
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Bolsos cheios de pedras
Deite-me
Deixe que o único som
Seja o transbordar
Virginia Woolf - A viagem (frag)
Sentir qualquer coisa intensamente era criar um abismo entre si mesma e outros, que sentem intensa mas talvez diferentemente.
quarta-feira, 25 de março de 2015
sábado, 14 de março de 2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
terça-feira, 3 de março de 2015
Jostein Gaarder - Ei! Tem Alguém Aí? (frag)
A resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você. Só a pergunta pode apontar o caminho para a frente.
segunda-feira, 2 de março de 2015
C. S. Lewis - Os quatro amores (frag)
Todo o grupo,
portanto, é um bolsão de resistência em potencial. Homens que tem Amigos
de verdade são menos fáceis de manejar ou convencer; é mais difíceis
corrigi-los, para as boas Autoridades, ou corrompê-los, para as más.
Portanto, se um dia nossos governantes, seja pela força, pela propaganda
da "solidariedade" ou por tornar impossível, de maneira sutil, a
privacidade ou o lazer não-planejado, conseguirem produzir um mundo onde
todos sejam Companheiros e ninguém seja Amigo, eles terão eliminados
certos perigos - mas terão também tirado de nós o que é praticamente
nossa mais forte salvaguarda contra a servidão completa.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Fernando Pessoa - Livro do Desassossego
173.
O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate - mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma.
O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate - mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma.
domingo, 25 de janeiro de 2015
Virginia Woolf - Mrs. Dalloway(frag)
Assim, num dia de verão, as ondas se juntam, balançam e tombam; e o mundo inteiro parece dizer: “Isso é tudo”, cada vez mais forte, até que o coração, no corpo estendido sob o sol da praia, também diz: “Isso é tudo”. “Não mais temas”, diz o coração. “Não mais temas”, diz o coração, confiando a sua carga a algum mar que suspira coletivamente por todas as dores, e recomeça, ergue-se, tomba. E o corpo sozinho ouve a abelha que passa; a onda se quebra; o cão, lá ao longe, ladrando, ladrando…
domingo, 18 de janeiro de 2015
Florbela Espanca -
Passo triste na vida e triste sou,
Um pobre a quem jamais quiseram bem!
Um caminhante exausto que passou,
Que não diz onde vai nem donde vem.
Ah! Sem piedade, a rir, tanto desdém
A flor da minha boca desdenhou!
Solitário convento onde ninguém
A silenciosa cela procurou!
E eu quero bem a tudo, a toda a gente...
Ando a amar assim, perdidamente,
A acalentar o mundo nos meus braços!
E tem passado, em vão, a mocidade
Sem que no meu caminho uma saudade
Abra em flor a sombra dos meus passos!
Um pobre a quem jamais quiseram bem!
Um caminhante exausto que passou,
Que não diz onde vai nem donde vem.
Ah! Sem piedade, a rir, tanto desdém
A flor da minha boca desdenhou!
Solitário convento onde ninguém
A silenciosa cela procurou!
E eu quero bem a tudo, a toda a gente...
Ando a amar assim, perdidamente,
A acalentar o mundo nos meus braços!
E tem passado, em vão, a mocidade
Sem que no meu caminho uma saudade
Abra em flor a sombra dos meus passos!
Florbela Espanca - Voz que se cala
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos o brando tilintar
De cristais que se afogam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos o brando tilintar
De cristais que se afogam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
David Bowie - Ziggy Stardust(tradução)
O Ziggy tocava guitarra
Arrasava junto com o Weird e o Gilly
E "As Aranhas de Marte"
Ele era canhoto
Mas foi longe demais
Virou o cara do momento
E aí viramos a banda do Ziggy
O Ziggy cantava pra valer
Revirava os olhos e desmanchava o penteado
Como um gato japonês
Ele os lambia com sorrisos
Ele os deixava pra lá
Chegava com tanto esplendor
Bem dotado e sem bronzeado
E onde estavam as aranhas
Quando a mosca tentava acabar com a nossa coragem?
Apenas o luminoso da cerveja a nos guiar
Então reclamamos de seus fãs
E devíamos esmagar sua doces mãos?
Ziggy tocou muito tempo
Nos dizendo que éramos uns abutres
A molecada era grosseira
Ele era o máximo
Com o traseiro que Deus lhe deu
Ele levou tudo muito a sério, mas
Cara, como ele tocava guitarra!
Fazendo amor com seu ego
Ziggy se fechou na sua própria mente
Como um Messias leproso
Quando os garotos mataram o cara
Eu tive que acabar com a banda
O Ziggy tocava guitarra
E "As Aranhas de Marte"
Ele era canhoto
Mas foi longe demais
Virou o cara do momento
E aí viramos a banda do Ziggy
O Ziggy cantava pra valer
Revirava os olhos e desmanchava o penteado
Como um gato japonês
Ele os lambia com sorrisos
Ele os deixava pra lá
Chegava com tanto esplendor
Bem dotado e sem bronzeado
E onde estavam as aranhas
Quando a mosca tentava acabar com a nossa coragem?
Apenas o luminoso da cerveja a nos guiar
Então reclamamos de seus fãs
E devíamos esmagar sua doces mãos?
Ziggy tocou muito tempo
Nos dizendo que éramos uns abutres
A molecada era grosseira
Ele era o máximo
Com o traseiro que Deus lhe deu
Ele levou tudo muito a sério, mas
Cara, como ele tocava guitarra!
Fazendo amor com seu ego
Ziggy se fechou na sua própria mente
Como um Messias leproso
Quando os garotos mataram o cara
Eu tive que acabar com a banda
O Ziggy tocava guitarra
domingo, 4 de janeiro de 2015
W.B. Yeats - aforismo
Os melhores carecem de toda convicção, enquanto os piores são cheios de intensidade apaixonada.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
William Blake - A imagem divina
Por Clemência, Piedade, Paz e Amor
Todos rezamos na aflição;
E para tais virtudes deliciosas
Se volta a nossa gratidão.
Pois Clemência, Piedade, Paz e Amor
É Deus, nosso pai adorado;
E Clemência, Piedade, Paz e Amor
O Homem, Seu filho e Seu cuidado.
Pois a Clemência tem um peito
humano, E o Amor forma humana celeste,
E um rosto humano tem a
Piedade, E a Paz exibe humana veste.
Assim todo homem, pelo mundo
afora, Que reza em sua humana dor,
Pede só à divina forma humana
Clemência, Paz, Piedade, Amor.
E amar a forma humana devem
todos, Sejam pagãos, turcos, judeus;
Onde habitam Clemência, Amor,
Piedade, Ali também habita Deus.
Todos rezamos na aflição;
E para tais virtudes deliciosas
Se volta a nossa gratidão.
Pois Clemência, Piedade, Paz e Amor
É Deus, nosso pai adorado;
E Clemência, Piedade, Paz e Amor
O Homem, Seu filho e Seu cuidado.
Pois a Clemência tem um peito
humano, E o Amor forma humana celeste,
E um rosto humano tem a
Piedade, E a Paz exibe humana veste.
Assim todo homem, pelo mundo
afora, Que reza em sua humana dor,
Pede só à divina forma humana
Clemência, Paz, Piedade, Amor.
E amar a forma humana devem
todos, Sejam pagãos, turcos, judeus;
Onde habitam Clemência, Amor,
Piedade, Ali também habita Deus.
Chimamanda Ngozi Adichie - Americanah(frag)
E sua alegria se tornava inquieta, batendo as asas dentro dela, como quem busca uma chance de sair voando.
TAGs Literárias: Livros de 2014
Relatório das Leituras de 2014:
Livros lidos: 67
- melhor livro: Fahrenheit 451 - Ray Bradbury/ Noite na taverna + Macário - Álvares de Azevedo
- poesia: A última canção de Bilbo - Tolkien
- romance: Rumo ao farol - Virginia Woolf;
- infanto-juvenil: Coraline e O livro do cemitério - Neil Gaiman/ O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias - Tim Burton
- Coleções: As peças infernais - Cassandra Clare / Divergente - Veronica Rooth
- literatura fantastica: A queda de Arthur - JRR Tolkien/ O clube do suicídio - Stevenson
- suspense/terror: Frankestein - Mary Shelley
- ficção científica e distopia: Revolução dos Bichos e 1984 - George Orwell/ Fahrenheit 451- Ray Bradbury
- Teatro: Entre quatro paredes e As moscas - Sartre
- Sick-lit (livros sobre pessoas doentes):
- ficção: Oscar et la dame rose - Eric-Emmanuel Schmitt/ A Cura de Schopenhauer - Yalom
- baseado em hist. real: A Clara Luz de Chiara Luce - Michele Zanzucchi/ Pulmão de aço - Eliana Zagui/ A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar - Esther Grace Earl/
- Releitura: Mrs Dalloway - Virginia Woolf/ O hobbit - Tolkien
- mais engraçado: Oliver Twist - Dickens
- mangá e HQ: O Estranho Mundo de Jack - Tim Burton e Jun Asuka
Livros lidos: 67
- melhor livro: Fahrenheit 451 - Ray Bradbury/ Noite na taverna + Macário - Álvares de Azevedo
- poesia: A última canção de Bilbo - Tolkien
- romance: Rumo ao farol - Virginia Woolf;
- infanto-juvenil: Coraline e O livro do cemitério - Neil Gaiman/ O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias - Tim Burton
- Coleções: As peças infernais - Cassandra Clare / Divergente - Veronica Rooth
- literatura fantastica: A queda de Arthur - JRR Tolkien/ O clube do suicídio - Stevenson
- suspense/terror: Frankestein - Mary Shelley
- ficção científica e distopia: Revolução dos Bichos e 1984 - George Orwell/ Fahrenheit 451- Ray Bradbury
- Teatro: Entre quatro paredes e As moscas - Sartre
- Sick-lit (livros sobre pessoas doentes):
- ficção: Oscar et la dame rose - Eric-Emmanuel Schmitt/ A Cura de Schopenhauer - Yalom
- baseado em hist. real: A Clara Luz de Chiara Luce - Michele Zanzucchi/ Pulmão de aço - Eliana Zagui/ A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar - Esther Grace Earl/
- Releitura: Mrs Dalloway - Virginia Woolf/ O hobbit - Tolkien
- mais engraçado: Oliver Twist - Dickens
- mangá e HQ: O Estranho Mundo de Jack - Tim Burton e Jun Asuka
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