terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Rosas de Sal

Salinidade dos sonhos de outrora
torna a permear meus pensamentos
desfaz-se o medo, porém a dor aflora
Por recobrar estes sórdidos momentos

A Rosa das trevas, d'um pesadelo desconexo,
trouxestes tu, num ardor nefasto, inepto.
Tu - apenas tu - maldito trovador intrépido,
enxergastes, entre sombras, meu ser complexo!

Morastes no inóspito deserto de meu ser,
Fincaste ali tua flâmula, e um castelo erguiu
Pôde assim, com minha força, crescer,
E logo em seguida - sem piedade - me destruiu!

E eu, na mediocridade dos tempos de agora,
torno a queimar - até o pó - meus pensamentos.
Abandonado o amor, e a ilusão de outrora,
Como tuas rosas de sal, perco-me no além-tempo.

J.A.Cabral 11/08

Nenhum comentário: