Salinidade dos sonhos de outrora
torna a permear meus pensamentos
desfaz-se o medo, porém a dor aflora
Por recobrar estes sórdidos momentos
A Rosa das trevas, d'um pesadelo desconexo,
trouxestes tu, num ardor nefasto, inepto.
Tu - apenas tu - maldito trovador intrépido,
enxergastes, entre sombras, meu ser complexo!
Morastes no inóspito deserto de meu ser,
Fincaste ali tua flâmula, e um castelo erguiu
Pôde assim, com minha força, crescer,
E logo em seguida - sem piedade - me destruiu!
E eu, na mediocridade dos tempos de agora,
torno a queimar - até o pó - meus pensamentos.
Abandonado o amor, e a ilusão de outrora,
Como tuas rosas de sal, perco-me no além-tempo.
J.A.Cabral 11/08
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