Prólogo
Desfazendo a teia de uma aranha
para reaproveitar as pontas soltas
e recriar na seda invisível
meus muitos pensamentos vagos
I
A força da minha verdade
esfacela meu peito, minha carne
e meu sangue sujo, mancha
e queima minha pele fria
II
Tudo confuso, meu orgulho deixou
nada em paz, nada tão bem, nem mal
o silêncio inevitável - meu maior medo
desterrado o segredo,ponho-me a chorar
III
Eu quis mudar, então falhei
Eu quis mentir, então deixei
Que a linha traçada pelo destino
se rompesse por completo
IV
Nesta terra, onde o sol nunca tarda
Na aurora já começa o fim do dia
onde entre feras gloriosas urge a vida
onde o caminho se torna encruzilhada
V
Só insisto em continuar
porque não tenho o que perder
Porque tenho, preciso refazer
aceitando a dor como sacrificio.
VI
Pois tudo se desfaz,até o mais sólido rochedo
vira pó, e logo,em meio ao nada,
outra criatura, outra montanha,surge
e o mundo segue, sem pesar, sem medo.
Epilogo
Distorcidas e desconexas verdades
Tudo é transcrito, com fiel veracidade
Mas não importa nada disso, não agora...
Não há mais o que fazer, só ir embora...
J.A.cabral 12/08
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