quinta-feira, 30 de julho de 2009

Shakespeare - Não te Arruínes, Alma, Enriquece

Centro da minha terra pecadora,
alma gasta da própria rebeldia,
porque tremes lá dentro se por fora
vais caiando as paredes de alegria?
Para quê tanto luxo na morada
arruinada, arrendada a curto prazo?
Herdam de ti os vermes? Na jornada
do corpo te consomes ao acaso?
Não te arruínes, alma, enriquece:
vende as horas de escória e desperdício
e compra a eternidade que mereces,
sem piedade do servo ao teu serviço.
Devora a Morte e o que de nós terá,
que morta a Morte nada morrerá.

Mário de Sá-Carneiro - 16 (fragmentos)

16

Esta inconstancia de mim próprio em vibração
É que me ha de transpôr às zonas intermédias,
E seguirei entre cristais de inquietação,
A retinir, a ondular... Soltas as rédeas,
Meus sonhos, leões de fogo e pasmo domados a tirar
A tôrre d'ouro que era o carro da minh'Alma,
Transviarão pelo deserto, muribundos de Luar -
E eu só me lembrarei num baloiçar de palma...
Nos oásis, depois, hão de se abismar gumes,
A atmosfera ha de ser outra, noutros planos:
As rãs hão de coaxar-me em roucos tons humanos
Vomitando a minha carne que comeram entre estrumes...

* * *

Há sempre um grande Arco ao fundo dos meus olhos...
A cada passo a minha alma é outra cruz,
E o meu coração gira: é uma roda de côres...
Não sei aonde vou, nem vejo o que persigo...
Já não é o meu rastro o rastro d'oiro que ainda sigo...
Resvalo em pontes de gelatina e de bolôres...
Hoje, a luz para mim é sempre meia-luz...

(...)

Alexander Search - Dor Suprema

Um amigo me disse: «O que tu crias
É sonho e pretensão, tudo fingido;
O pranto com que a mente sã desvias
É decerto forçado e pretendido!

Em toda a canção e conto que fazes
Porquê palavra dura, amargurada?
Por que ao vero e bom não te comprazes
E, jovem, a alegria é desdenhada?»

Porque, amigo, embora seja a loucura
Ora doce, ora dor inominada,
Nunca a dor humana a dor atura

Da mente louca, da loucura ciente;
Porque a ciência ganha é completada
Com o saber dum mal sempre iminente.

The Cure - Faith (tradução)

Me pegue se eu cair
Eu estou perdendo o suporte
Eu apenas não posso continuar deste jeito
E toda vez
Eu volto
Perco outro jogo cego
A idéia de perfeição me envolve
Repentinamente eu vejo você mudar
Tudo de uma vez
O mesmo
Mas a montanha nunca se move...
Estupre-me como uma criança
Batizada em sangue
Pintada como um santo desconhecido
Não há mais nada exceto a esperança...
Sua voz está morta
E velha
E sempre vazia
Confie em mim pelos anos fechados
Esperam momentos perfeirtos...
Se ao menos nós pudessemos ficar
Por favor
Diga as palavras certas
Ou chore como o palhaço branco de pedra
E fique
Perdido para sempre numa multidão feliz
Ninguém levanta as mãos
Ninguém abre os olhos
Justificou com palavras vazias
A festa esta ficando melhor e melhor...
Eu fui embora sozinho
Sem nada
Exceto fé

Rainer Maria Rilke - Solidão

A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios...

Pedro Homem de Mello - Fui Pedir um Sonho ao Jardim dos Mortos

Fui pedir um sonho ao jardim dos mortos.
Quis pedi-lo, aos vivos. Disseram-me que não.
Os mortos não sabem, lá onde é que estão,
Que neles se enfeitam os meus braços tortos.

Os mortos dormiam... Passei-lhes ao lado.
Arranquei-lhes tudo, tudo quanto pude;
Páginas intactas — um livro fechado
Em cada ataúde.

Ai as pedras raras! As pedras preciosas!
Relâmpagos verdes por baixo do mar!
A sombra, o perfume dos cravos, das rosas
Que os dedos, já hirtos, teimavam guardar!

Minha alma é um cadáver pálido, desfeito.
As suas ossadas
Quem sabe onde estão?
Trago as mãos cruzadas,
Pesam-me no peito.
Quem sabe se a lama onde hoje me deito
Dará flor aos vivos que dizem que não?

Antero de Quental - Ignotus

(A Salomão Sáragga)

Onde te escondes? Eis que em vão clamamos,
Suspirando e erguendo as mãos em vão!
Já a voz enrouquece e o coração
Está cansado — e já desesperamos...

Por céu, por mar e terras procuramos
O Espírito que enche a solidão,
E só a própria voz na imensidão
Fatigada nos volve... e não te achamos!

Céus e terra, clamai, aonde? aonde? —
Mas o Espírito antigo só responde,
Em tom de grande tédio e de pesar:

— Não vos queixeis, ó filhos da ansiedade,
Que eu mesmo, desde toda a eternidade,
Também me busco a mim... sem me encontrar!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Simone Weil - A Monotonia

A monotonia é o que há de mais belo ou de mais terrível. De mais belo, se for um reflexo da eternidade. De mais terrível, se for indício de uma perenidade imutável. Tempo ultrapassado ou tempo esterilizado. O círculo é o símbolo da bela monotonia, a oscilação pendular da monotonia atroz.

Mário de Sá-Carneiro - Além-Tédio

Nada me expira já, nada me vive -
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, emfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A propria maravilha tinha côr!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tedio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Arthur Schopenhauer - A Dor e o Tédio São os Dois Maiores Inimigos da Felicidade

O panorama mais amplo mostra-nos a dor e o tédio como os dois inimigos da felicidade humana. Observe-se ainda: à medida que conseguimos afastar-nos de um, mais nos aproximamos do outro, e vice-versa; de modo que a nossa vida, na realidade, expõe uma oscilação mais forte ou mais fraca entre ambos. Isso origina-se do facto de eles se encontrarem reciprocamente num antagonismo duplo, ou seja, um antagonismo exterior ou oubjectivo, e outro interior e subjectivo. De facto, exteriormente, a necessidade e a privação geram a dor; em contrapartida, a segurança e a abundância geram o tédio. Em conformidade com isso, vemos a classe inferior do povo numa luta constante contra a necessidade, portanto contra a dor; o mundo rico e aristocrático, pelo contrário, numa luta persistente, muitas vezes realmente desesperada contra o tédio. O antagonismo interior ou subjectivo entre ambos os sofrimentos baseia-se no facto de que, em cada indivíduo, a susceptibilidade para um encontra-se em proporção inversa à susceptibilidade para o outro, já que ela é determinada pela medida das suas forças espirituais. Com efeito, a obtusidade do espírito está, em geral, associada à da sensação e à ausência da excitabilidade, qualidades que tornam o indivíduo menos susceptível às dores e aflições de qualquer tipo e intensidade. Por outro lado, dessa mesma obtusidade espiritual resulta aquela vacuidade interior estampada num sem-número de rostos, que se trai por uma atenção sempre activa, dada a todos os acontecimentos do mundo exterior, mesmo os mais ínfimos. Tal vacuidade é a verdadeira fonte do tédio e leva sempre a ansiar por estímulos exteriores, para colocar o espírito e a mente em movimento mediante qualquer meio.

Sendo assim, na escolha de tais meios, essa vacuidade não é fastidiosa, como atestam a mesquinhez das distracções às quais as pessoas recorrem, o tipo de sociabilidade e conversação que procuram, bem como o grande número de ociosos e curiosos. É principalmente dessa vacuidade interior que se origina a busca por reuniões, distracções, divertimentos e luxo de todo o tipo, busca que conduz tantas pessoas à dissipação e depois à miséria. Nada preserva tanto desse desvio quanto a riqueza interior, a riqueza do espírito. Pois esta, quanto mais se aproxima da eminência, menos espaço deixa para o tédio. A actividade inesgotável dos pensamentos, o seu jogo sempre renovado diante dos diversos fenómenos do mundo interior e exterior, a força e o impulso para combinações sempre variadas com eles, colocam a cabela eminente, descontados os momentos de cansaço, totalmente além do alcance do tédio. Mas, por outro lado, a inteligência intensificada tem por condição imediata uma sensibilidade elevada, e por raiz uma maior veemência da vontade, portanto da passionalidade. Da união daquela com estas resulta, então, uma intensidade muito maior de todos os afectos e uma sensibilidade elevada em face das dores espirituais e mesmo físicas, bem como uma impaciência maior diante de qualquer obstáculo, ou até de simples incómodos.

Olavo Bilac - Tédio

Sobre minh'alma, como sobre um trono,
Senhor brutal, pesa o aborrecimento.
Como tardas em vir, último outono,
Lançar-me as folhas últimas ao vento!

Oh! dormir no silêncio e no abandono,
Só, sem um sonho, sem um pensamento,
E, no letargo do aniquilamento,
Ter, ó pedra, a quietude do teu sono!

Oh! deixar de sonhar o que não vejo!
Ter o sangue gelado, e a carne fria!
E, de uma luz crepuscular velada,

Deixar a alma dormir sem um desejo,
Ampla, fúnebre, lúgubre, vazia
Como uma catedral abandonada!...

Florbela Espanca - Sem Remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou ...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Fernando Pessoa - Chove. Há Silêncio

Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...

Vergílio Ferreira - Cai a Chuva Abandonada

Cai a chuva abandonada
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.

Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente

do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião

de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pain feat. Annette Olzon - Follow Me(tradução)

Boa sorte nunca foi minha amiga
Eu tenho sido um idiota
Por favor, não siga a minha sombra
porque o tempo está se esgotando para mim
Eu ando em um caminho de sangue estranho
Nenhuma bússola pode encarar meu caminho
Nenhuma luz no fim do túnel
E o tempo está se esgotando para mim

Nenhum ouro no fim do arco-íris
Sem grandes esperanças, sonhos enganados

Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo

Eu ando em um caminho de sangue estranho
Nenhuma bússola pode encarar meu caminho
Nenhuma luz no fim do túnel
E o tempo está se esgotando para mim

Nenhum ouro no fim do arco-íris
Sem grandes esperanças, sonhos enganados

Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo

Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo
o problema parece estar sempre
Me seguindo
Ele me deixou para baixo até agora e porquê você não?
Me seguindo

domingo, 26 de julho de 2009

Camilo Pessanha - Branco e Vermelho

A dor, forte e imprevista,
Ferindo-me, imprevista,
De branca e de imprevista
Foi um deslumbramento,
Que me endoidou a vista,
Fez-me perder a vista,
Fez-me fugir a vista,
Num doce esvaimento.
Como um deserto imenso,
Branco deserto imenso,
Resplandecente e imenso,
Fez-se em redor de mim.

Todo o meu ser, suspenso,
Não sinto já, não penso,
Pairo na luz, suspenso...
Que delícia sem fim!
Na inundação da luz
Banhando os céus a flux,
No êxtase da luz,
Vejo passar, desfila
(Seus pobres corpos nus
Que a distancia reduz,
Amesquinha e reduz
No fundo da pupila)
Na areia imensa e plana
Ao longe a caravana
Sem fim, a caravana
Na linha do horizonte
Da enorme dor humana,
Da insigne dor humana...
A inútil dor humana!
Marcha, curvada a fronte.
Até o chão, curvados,
Exaustos e curvados,
Vão um a um, curvados,
Escravos condenados,
No poente recortados,
Em negro recortados,
Magros, mesquinhos, vis.
A cada golpe tremem
Os que de medo tremem,
E as pálpebras me tremem
Quando o açoite vibra.
Estala! e apenas gemem,
Palidamente gemem,

A cada golpe gemem,
Que os desequilibra.
Sob o açoite caem,
A cada golpe caem,
Erguem-se logo. Caem,
Soergue-os o terror...
Até que enfim desmaiem,
Por uma vez desmaiem!
Ei-los que enfim se esvaem,
Vencida, enfim, a dor...
E ali fiquem serenos,
De costas e serenos.
Beije-os a luz, serenos,
Nas amplas frontes calmas.
Ó céus claros e amenos,
Doces jardins amenos,
Onde se sofre menos,
Onde dormem as almas!
A dor, deserto imenso,
Branco deserto imenso,
Resplandecente e imenso,
Foi um deslumbramento.
Todo o meu ser suspenso,
Não sinto já, não penso,
Pairo na luz, suspenso
Num doce esvaimento.
Ó morte, vem depressa,
Acorda, vem depressa,
Acode-me depressa,
Vem-me enxugar o suor,
Que o estertor começa.
É cumprir a promessa.
Já o sonho começa...
Tudo vermelho em flor...

Poisonblack - The Kiss Of Doom (Tradução)

Próximas... as sombras rastejam próximas
Um fracasso vagando perdido num abraço frio
Dor... cada corte de dor
Faz ele sangrar e fraco, cair em pecado

Mais e mais eu sangro... mais e mais eu sangro

Caminhe... em círculos eu caminho
Esperando por aquela doce cura penetrar
Noite... estou respirando a noite
Ela encobre a escadaria para o céu

Dirija noite adentro... dirijo noite adentro
Embriagado na dor experimento o beijo da morte

É como sonhei, este sentimento surreal consome minha vida
E sim, é deste jeito que deve ser, sem mais temores ou dor
Enquanto a morte está tomando conta da minha vida

Fernando Pessoa - Nunca, por Mais

Nunca, por mais que viaje, por mais que conheça
O sair de um lugar, o chegar a um lugar, conhecido ou desconhecido,
Perco, ao partir, ao chegar, e na linha móbil que os une,
A sensação de arrepio, o medo do novo, a náusea —
Aquela náusea que é o sentimento que sabe que o corpo tem a alma,
Trinta dias de viagem, três dias de viagem, três horas de viagem —
Sempre a opressão se infiltra no fundo do meu coração.

Fernando Echevarría - Seria Eterno

Seria eterno, se não fosse entrando
por aquele país de solidão,
aonde ver a luz alarga, quando
e alarga, à volta, a vinda do verão.

Seria eterno. Assim somente o brando
movimento de entrar se lhe mensura,
conforme ver, ao ir-se dilatando,
amplia o campo útil da ternura.

E, enquanto entra, um cântico de brisa
lembra quanto por campos foi outrora
tempo apagando a sua face lisa,

qual se alisando, se apagasse a hora.
E, indo entrando, a solidão se irisa
e o vai esquecendo pelo tempo fora.

Juan Ramón Jiménez - Solidão

Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!

Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.

És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!

Emily Dickinson - Os instantes Superiores da Alma

Os instantes Superiores da Alma
Acontecem-lhe - na solidão -
Quando o amigo - e a ocasião Terrena
Se retiram para muito longe -

Ou quando - Ela Própria - subiu
A um plano tão alto
Para Reconhecer menos
Do que a sua Omnipotência -

Essa Abolição Mortal
É rara - mas tão bela
Como Aparição - sujeita
A um Ar Absoluto -

Revelação da Eternidade
Aos seus favoritos - bem poucos -
A Gigantesca substância
Da Imortalidade

António Feijó - Hino à Solidão

Diz-se que a solidão torna a vida um deserto;
Mas quem sabe viver com a sua alma nunca
Se encontra só; a Alma é um mundo, um mundo aberto
Cujo átrio, a nossos pés, de pétalas se junca.

Mundo vasto que mil existências povoam:
Imagens, concepções, formas do sentimento,
— Sonhos puros que nele em beleza revoam
E ficam a brilhar, sóis do seu firmamento.

Dia a dia, hora a hora, o Pensamento lavra
Esse fecundo chão onde se esconde e medra
A semente que vai germinar na Palavra,
Cantar no Som, flores na Cor, sorrir na Pedra!

Basta que certa luz de seus raios aqueça
A semente que jaz na sua leiva escondida,
Para que ela, a sorrir, desabroche e floresça,
De perfumes enchendo as estradas da Vida.

Sei que embora essa luz nem para todos tenha
O mesmo brilho, o mesmo impulso criador,
Da Glória, sempre vã, todo o asceta desdenha,
Vivendo como um deus no seu mundo interior.

E que mundo sublime, esse em que ele se agita!
Mundo que de si mesmo e em si mesmo criou,
E em cuja criação o seu sangue palpita,
Que não há deus estranho aos orbes que formou.

Nem lutas, nem paixões: ideais serenidades
Em que o Tempo se esvai sob o encanto da Hora...
O passado e o porvir são ânsias e saudades:
Só no instante que passa a plenitude mora.

Sombra crepuscular, que a Noite não atinge,
Nem a Aurora desfaz: rosicler e luar,
Meia tinta em que a Alma abre os lábios de Esfinge,
E o seu mistério ensina a quem sabe escutar.

Mas então, inundando essa penumbra doce,
De não sei que sublime esplendor sideral,
Como se a emanação dum ser divino fosse,
Deixa no nosso olhar um reflexo imortal.

Na vertigem que a vida exalta e desvaria,
Pára alguém para ouvir um coração que bate
No seio mais formoso, o olhar que se extasia
Vê o mundo que nele em ânsias se debate?

É só na solidão que a alma se revela,
Como uma flor nocturna as pétalas abrindo,
A uma luz, que é talvez o clarão duma estrela,
Talvez o olhar de Deus, de astro em astro caindo...

E dessa luz, a flor sem forma, há pouco obscura,
Recebe o seu quinhão de graça e de pureza,
Como das mãos do artista, animando a escultura,
O mármore recebe a sua alma — a Beleza.

Se sofrer é pensar, na paz do isolamento,
Como dum cálix cheio o líquido extravasa,
A Dor, que a Alma empolgou, transborda em pensamento,
E a pouco e pouco extingue o fogo em que se abrasa.

Como a montanha de oiro, a Alma, em seu mistério,
À superfície nunca o seu teor revela;
Só depois de sondado e fundido o minério
Se conhece a riqueza acumulada nela.

Corações que a Existência em tumulto arrebata!
Esse oiro só se extrai do minério candente,
No silêncio, na paz, na quietação abstracta,
Das estrelas do céu sob o olhar indulgente...

António Feijó, in 'Sol de Inverno'

Lacuna Coil - To Live is To Hide (tradução)

Enquanto emoções tentam escapar pra fora
Desesperadamente eu vejo em seu caminho
Uma maneira que eu não possa ser jogado fora
E pra terminar esta procura pelo significado
Esconder emoções causa uma pancada
Desesperadamente eu procuro em suas explosões
Uma maneira que eu não possa ser jogado fora
E pra terminar essa procura pelo significado
Eu vou congelar
Será minha imaginação?
Está sob o solo
Mas eu sinto da mesma maneira
O que eu preciso agora
O que eu preciso é viver para me esconder
Quando você extinguiu minha devoção
Com suas mentiras
E eu sinto agora
Como eu fiz naquela vez
Que estou imaginando porque
Ainda te faço chorar
Enquanto emoções tentam escapar pra fora
Desesperadamente eu procuro em seu caminho
Uma maneira que eu não possa ser jogado fora
E pra terminar esta procura pelo significado
Enquanto emoções tentam escapar pra fora
Desesperadamente eu procuro em seu caminho
Uma maneira que eu não possa ser jogado fora
E pra terminar esta procura pelo significado
Sofrendo enquanto eu depender das estações
Raízes sob mim estão abraçando a terra

Carlos Drummond de Andrade - Essas Coisas

«Você não está mais na idade
de sofrer por essas coisas.»

Há então a idade de sofrer
e a de não sofrer mais
por essas, essas coisas?

As coisas só deviam acontecer
para fazer sofrer
na idade própria de sofrer?

Ou não se devia sofrer
pelas coisas que causam sofrimento
pois vieram fora de hora, e a hora é calma?

E se não estou mais na idade de sofrer
é porque estou morto, e morto
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

Bertrand Russell - A Grande Renúncia

Cedo ou tarde, a todo o homem chega a grande renúncia. Para o jovem não existe nada inalcançável. Que algo bom e desejado com toda a força de uma vontade apaixonada seja impossível, não lhe parece crível. Mas, ou por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las. É parte da coragem, quando a adversidade vem, suportá-la sem lamentar a derrocada das nossas esperanças, afastando os nossos pensamentos de vãos arrependimentos. Esse grau de submissão (...) não é somente justo e correcto: ele é o portal da sabedoria.

Friedrich Nietzsche - A Sabedoria do Sofrimento

O sofrimento não tem menos sabedoria do que o prazer: tal como este, faz parte em elevado grau das forças que conservam a espécie. Porque se fosse de outra maneira há muito que esta teria desaparecido; o facto de ela fazer mal não é um argumento contra ela, é muito simplesmente a sua essência. Ouço nela a ordem do capitão: «Amainem as velas». O intrépido navegador homem deve treinar-se a dispor as suas de mil maneiras; de outro modo, não tardaria a desaparecer, o oceano havia de o engolir depressa. É preciso que saibamos viver também reduzindo a nossa energia; logo que o sofrimento dá o seu sinal, é chegado o momento; prepara-se um grande perigo, uma tempestade, e faremos bem em oferecer a menor «superfície» possível.
Há homens, contudo, que, quando se aproxima o grande sofrimento, ouvem a ordem contrária e nunca têm ar mais altivo, mais belicoso, mais feliz do que quando a borrasca chega, que digo eu! E a própria tempestade que lhes dá os seus mais altos momentos! São os homens heróicos, os grandes «pescadores da dor», esses raros, esses excepcionais de que é necessário fazer a mesma apologia que se faz para a própria dor! Não lha podemos recusar! São conservadores da espécie, estimulantes de primeira qualidade, quando mais não seja porque resistem ao bem-estar e não escondem o seu desprezo por essa espécie de felicidade.

Cecília Meireles - Lei

O que é preciso é entender a solidão!
O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga
que leva os mortos.

O que é preciso é esperar pela estrela
que ainda não está completa.

O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa,
e os lábios de ouro puro.

O que é preciso é que a alma vá e venha;
e ouça a notícia do tempo,
e. entre os assombros da vida e da morte,
estenda suas diáfanas asas,
isenta por igual.
de desejo e de desespero.

sábado, 25 de julho de 2009

Diablo Swing Orchestra - Velvet Embracer

No espelho
Rosto angelical com um cabelo angelical numa jaula angelical
No espelho
Violência encenou o tremor sem o abraço dela

No espelho
Arames aveludados vestiram-a com arrepios de desejo
Silêncio precioso para as massas
Cegue-os, toda a esperança se torna cinzas

Faça um caminho, respire com facilidade
Exponha os pensamentos dela em paz

A verdade nos seus olhos nunca deveria ter sido sozinha
Respirando a tempo com aqueles que nunca te possuiram
Requiem, convide-os todos

No espelho
Rachaduras na verdade deles
Hoje ela está feita, hoje ela se foi
Gentilmente velado no violento fracasso
Olhos abandonaram, desde que estão fora de série

Salve a incocência dela
O aroma dela se foi há muito tempo

A verdade nos seus olhos nunca deveria ter sido sozinha
Respirando a tempo com aqueles que nunca te possuiram
Requiem, convide-os todos

terça-feira, 14 de julho de 2009

Machado de Assis - UN VIEUX PAYS

...juntamente choro e rio.
Camões, soneto


Il est un vieux pays, plein d’ombre et de lumière,
On l’on rêve le jour, où l’on pleure le soir;
Un pays de blasphème, autant que de prière,
Nè pour le doute e pour l’espoir.

On n’y voit point de fleurs sans un ver qui les ronge
Point de mer sans tempête, ou de soleil sans nuit;
Le bonheur y parait quelquefois dans un songe
Entre le bras du sombre ennui.

L’amour y va souvent, mais c’est tout un délire,
Un désespoir sans fin, une énigme sans mot;
Parfois il rit gaîment, mais de cet affreux rire
Qui n’est peut-être qu’un sanglot.

On va dans ce pays de misère et d’ivresse,
Mais on le voit à peine, on en sort, on a peur;
Je l’habite pourtant, j’y passe ma jeunesse...
Hélas! ce pays, c’est mon coeur.

Autumn - Solar Wake (tradução)

Eu sigo o sol de longe
E Passo pelas sombras à minha esquerda

(refrão)
Correndo em busca da luz
Encontro-a presa pela escuridão
Luto por esperança
Encontro-a derrotada pelo destino
Encontro minha força no despertar do sol
Encontro minha força no despertar do sol

Promessas sussurradas agora e que anos depois
Se despedaçaram, irreparáveis,
Esquecidas na beira de praias de uma vida
Que se foi

(refrão)

Mas eu irei,
Encherei meus lábios com paz
Esconderei cada palavra
em meus pensamentos vazios
Eu irei,
Com esperança preenchendo o meu abraço
Procurarei por sinais, procurarei por perguntas
Me perguntando porque eu desisti da vida

(refrão)

Eu irei
Farei uma oração para me salvar
E qualquer fim será bem-vindo

Bocage - O Céu, de Opacas Sombras Abafado

O céu, de opacas sombras abafado,
Tornando mais medonha a noite fea,
Mugindo sobre as rochas, que saltea,
O mar, em crespos montes levantado;

Desfeito em furacões o vento irado;
Pelos ares zunindo a solta area;
O pássaro nocturno, que vozea
No agoireiro cipreste além pousado;

Formam quadro terrível, mas aceito,
Mas grato aos olhos meus, grato à fereza
Do ciúme e saudade, a que ando afeito.

Quer no horror igualar-me a Natureza;
Porém cansa-se em vão, que no meu peito
Há mais escuridade, há mais tristeza.

Tristania - Angellore (tradução: Sabedoria Angelical)

Quanto o verão acaba - fuja meu anjo
Ventos de inverno podem te levar para longe
Através do horizonte pálido
Eu me protejo em silêncio sobre os sonhos
Para seu coração ainda irrecuperável

Abrace meu sangramento
Está nos olhos dela
Coração Elysiums
Está no coração dela
O mesmo paraíso que um dia eu conduzi ao caminho errado

Abrace meu sangramento
Está nos olhos dela
Coração Elysiums
Está no coração dela
Os mesmos encantadores caminhos que uma vez eu senti em mim

Sabedoria angelical... venerada ao anoitecer
Por ti eu ascendi
Agora desço... todo só
Ascenda por mim... acalme meu coração
Tão vasto um mar
Possa eu superar...

Na noite um anjo se perde
Tão perdida, coberta de lágrimas e perdida no caminho
Tão baixo quanto o horizonte pálido
Sua vela está morrendo enquanto ela procura por mim
Através de um mar tão vasto

Abrace meu sangramento
Está nos olhos dela
Coração Elysiums
Está no coração dela
O mesmo desejo que eu sentia queimando em mim...

Ascenda por mim... acalme meu coração
Tão vasto um mar
Possa eu superar...

Tão profundo quanto o mar
Onde os sigilos são enterrados
Por um sonho uma vez desejado
Apesar de prever, meu coração tristonho regressou
Não consigo cruzar um mar tão vasto

Angra - Angels Cry (tradução)

Choro na noite do anjo
Pela sua luz que jamais brilhará
Com seus corações tão cheios de lamento
Águas barrentas por todos os lados
A cortina cai para as almas sem ajuda
Como elas sofrem postas aparte
E as correntes enfurecidas estão fluindo
com tão pouca esperança
(São como)
Anjos chorando
Não posso mais aguentar
Anjos morrendo
Capturem suas quedas
Tente ver essa desgraça
seu futuro não é mais o que
você queria que fosse
Então tente voar, as respostas mentem
nos céus escuros e zangados
(céus escuros e zangados)
Você apenas permanece nesses campos
toda a vida
Você semeia sementes que nunca crescem
Nenhuma colheita vem como um rompante
para alimentar os poucos
Então você espera, em vão...
A mudança deve vir agora mesmo !
Oh, veja o sol no céu
(Da alvorada da destruição)
Livre, livre dessa corrente em meu coração...
(corrente, corrente, corrente)
Ouça o choro dos anjos
dessa vida da qual você não pode se esconder
A mudança pode vir amanhã
dos olhos chorões e solenes
(Como)
Anjos chorando
Não posso mais aguentar
Anjos morrendo
Capturem suas quedas
Tente ver essa desgraça
seu futuro não é mais o que
você queria que fosse
Então tente voar, as respostas mentem
nos céus escuros e zangados
(céus escuros e zangados)
Você apenas permanece nesses campos
toda a vida
Você semeia sementes que nunca crescem
Nenhuma colheita vem nem um esforço
para alimentar os poucos
Então você espera, em vão...
A mudança pode vir agora mesmo !
Anjos estão chorando e morrendo
Deve haver um jeito
eternamente você se perde, ainda reza
por uma vida melhor
Ninguém vê quando um vislumbre
de seu alvo está atrás de você,
Como passos de um peregrino obscurecido !

13 de Julho - Dia mundial do rock

Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Foi transimtido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof oragnizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.

Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_mundial_do_rock


HammerFall - Dark Wings, Dark Words (tradução)

Foi um inverno frio e longo, caida de neve frequente,
Tempestades enfurecidas.
Travado em ilusão dos ventos, de nossos corações e alma.
Veio para baixo das montanhas, em nosso próprio mundo congelado.
Raio da volta, nos alimenta com suas palavras.
Um homem consagrado, do outro lado.
Deu-nos algo acreditar dentro.
Como poderíamos nós ser assim cegos?

Seu trabalho correto deu-nos a liberdade, quando o outro roubou o orgulho.
Pensado teve as respostas, estando por seu lado.
História de um mundo, não assim distante.
Nós começamos confundir em seus votos.
Como poderíamos nós ser assim cegos?

Quando o sol e a lua se unirem.
Temer o mensageiro voado escuro, temer suas palavras escurecidas.

Uma imagem gravada quebra-se, um derretimento de nosso país das maravilhas.
Enquanto o sol sobe lentamente, nós tentamos compreender.
Um coração sagrado, prosperidade perdida.
Mas nós encontramos uma maneira para voltar pra casa.
Do anoitecer veio a claridade.

Quando o sol e a lua se unirem.
Temer o mensageiro voado escuro, temer suas palavras escurecidas.

Quando o sol e a lua se unirem.
Temer o mensageiro voado escuro, temer suas palavras escurecidas.

sábado, 4 de julho de 2009

Delain - April Rain (Tradução)

Como se sente quando tudo com que está contando se desfaz?
Todo vento pelo qual você passou, uma tempestade.
Todos os verões que tem visto, estão como um abril chuvoso.
Isso não é facil, você não entende?

A sorte sorri pra você
Você não está vendo, cavando aquele buraco profundo!
A sorte sorri pra você
Você não está vendo, criando sua própria verdade!

Conte suas bençãos e prepare-se para mudar seu ponto de vista
Todos esses dias que voce perdeu esperando não voltarão pra você
Jogue fora todos os vidros que tornaram seu mundo negro e cinza
Isso não é facil, você não entende?

A sorte sorri pra você
Você não está vendo, cavando aquele buraco profundo!
A sorte sorri pra você
Você não está vendo, criando sua própria verdade!

Continua chovendo
Continua chovendo
Continua chovendo
Continua chovendo... porque nós estamos cegos
Continua chovendo... porque nós estamos cansados
Continua chovendo... porque não enxergamos o caminho da sorte

Continua chovendo porque nós estamos cegos
Continuará chovendo porque nós estamos cansados

A sorte sorri pra você
Você não está vendo, cavando aquele buraco profundo!
A sorte sorri pra você
Você não está vendo, criando sua própria verdade!

Aesma Daeva - The Bluish Shade (tradução)

Quando você sussurrou seu segredo
Flutuando longe na névoa de um inverno
Você flagelou seu santo
Assim eu canto meu voto silencioso

Nada neste mundo se mantém vivo, meu amigo,
Nada neste mundo traz de volta nosso voto silencioso

Eu preciso de respostas para minha paixão
Eu preciso de respostas às perguntas da vida

Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Nós temos que pagar o preço

A hora encantada deste sonho
Seus olhos vermelho do sal do mar
E a viagem sugada da dor que veio de mim

Nada neste mundo se mantém vivo, meu amigo,
Nada neste mundo traz de volta nosso voto silencioso

Eu preciso de respostas para minha paixão
Eu preciso de respostas às perguntas da vida

Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Nós temos que pagar o preço

Na sombra azulada do jardim eu contemplo
Na sombra azulada do arvoredo eu passo a odiar
Na sombra azulada eu acho o caminho dos caminhos

A conseqüência deste amor
A conseqüência do meu primeiro amor

Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Eu desejo viver como todos os homens
Eu fui atado por muitas esperanças
Nós temos que pagar o preço

Meu canto novo começa
Não mais assustada com minha vida

Etheral (Lacuna Coil) - Shallow End (tradução)

Você pode ver os olhos
o nascer do meu dia.
Eu vou tentar resistir.
Um caminho por perdão.
Isso tenta desaparecer
não como sonho.
Eu vejo você chorando.

Eu acredito no poder dos meus sonhos.
Sentindo toda a confusão, vender minha alma.
Mas eu vivo em outro lado de mim.
Mas eu estou desesperada para ver.

Escondida em suas mentiras há uma estrela,
escondida dentro dos meus olhos.

Você está sentindo pela última vez
Tudo isso é um caminho
Você quer viver pela última vez
esperando por um caminho.
Você está sonhando por toda a última noite
Tudo isso é um caminho
Você quer viver pela última vez
esperando por um caminho.

Você desaparece,
dentro de mim.

Você está sentindo pela última vez
Tudo isso é um caminho
Você quer viver pela última vez
esperando por um caminho.
Você está sonhando por toda a última noite
Tudo isso é um caminho
Você quer viver pela última vez
esperando por um caminho.

The Gathering - Like Fountains (tradução)

Uma cicatriz
Por tão longo tempo
Eu vou fazer tudo de novo
Não posso enfrentar as feridas
Preciso continuar
Parar de lembrar

De tempos em tempos as sombras alcançam à superficie
Um cansaço mental, eles dão
Aceitar, limpar, clarear, continuar
E em breve mostrarei algum orgulho

Não tenho o suficiente para continuar além
Não force esquecer

Você parece continuar
Quando você é assim forte, lutando
Não importa o que leve
Você nunca irá quebrar, voce permanesse e permanesse
E eu estarei lá, por voce, minha querida
Para que você prossiga
Quando você é assim forte, lutando

Até o dia que estiver terminado com as sombras
A ira que criei contra mim mesmo, o ódio
Clamar a culpa que sinto
Machucar os sonhos que preciso
Encarando a incerteza
Encarando a verdade
Devo continuar
Culpando a mim mesmo
Culpar pelo menos
...E esqueça por favor

Within Temptation - Final Destination (tradução)

Eu escapei do meu momento final
Mas está voltando para mim
Em toda esquina eu posso sentir isso esperando
E somente em um momento, sem consciência
Eu posso facilmente decair
E então eu irei para sempre

Estou procurando
Estou lutando por uma passagem para seguir
Para virar isso

Está esperando, sempre tentado
Sinto as mãos do destino, elas estão sufocando
Diga-me qual é a razão
Isso está somente na minha cabeça?
Não posso mais suportar!

Em tudo a minha volta vejo perigo
E está se aproximando de mim
Todo segundo eu posso ouvir respirando
Não posso aguentar o medo dentro de mim
Porque está me deixando perdido
E isso será meu fim

Estou procurando
Estou lutando por uma passagem para seguir
Para virar isso

Está esperando, sempre tentado
Sinto as mãos do destino, elas estão sufocando
Diga-me qual é a razão
Isso está somente na minha cabeça?
Não posso mais suportar!

Mas ninguém enfrentou o que está vindo para mim
E eu deixarei meu medo desaparecer
Não importa o que pode ser, eu tenho que achar uma saída

Está esperando, sempre tentado
Sinto as mãos do destino, elas estão sufocando
Diga-me qual é a razão
Isso está somente na minha cabeça?
Não posso mais suportar!

Charon - House Of The Silent (tradução)

O frio levanta-se sobre a silênciosa casa
Onde o amor que floresce
Morre com a última colheita
Muros sussurrantes sustentam lembranças
E as vozes, elas choram, mas ninguém ouve, ninguém ouve.

Então é a lua que reflete de volta seus arrependimentos,
Certamente eu seguirei.
Deitando ao lado de sua cama, esperando pelo último suspiro.
Pode isso ser feito? Pode isso ser salvo até nos separarmos?

Lentamente corre a água para preencher você
Lentamente entorna a maré para nós choramos

Por isso eu daria, a silênciosa casa e as vozes estão mortas,
Enterradas em minha cabeça, enterradas em minha cabeça.

Então é a lua que reflete de volta seus arrependimentos,
Certamente eu seguirei.
Deitando ao lado de sua cama, esperando pelo último suspiro.
Pode isso ser feito? Pode isso ser salvo até nos separarmos?

Lentamente corre a água para preencher você
Lentamente entorna a maré para nós choramos

Para isso eu dei a luz
Para isso eu dei nome
Lentamente corre a água para ceifa.

Forever Slave - Gasoline (tradução)

Só havia uma maneira,
quando eles encontraram um beco sem saída.
Só que eles tentam dizer,
quando não há nenhuma maneira.

Em que você não pode confiar,
quando os seus conselhos eram mentiras.
Nas coisas que eles não podem tocar,
mantendo estreita até à sua morte

Caso eles só esquecer,
mantendo estreita até à sua despedida?
Caso eles sentem o medo,
quando a sua chance é muito longe?
Só eles poderiam desistir
quando a pressão veio

Eles queimam, a gasolina.
Eles choram, tragédia,
quando o seu antigo céu está morto
A sensação, a gasolina.
Eles confiam em ...
Memórias ...
Onde está o seu céu, agora?
Basta ver os olhos dela ...
Quando morreu a sua liberdade