quinta-feira, 8 de julho de 2010

Shelley - Tempo

Mar insondável, cujas ondas são os anos,
  Oceano do tempo, cujas águas da aflição
Receberam o sal do pranto dos humanos!
  Tu, mar sem praias, que na cheia e na vazão
  Abraças os limites da mortalidade,
  E uivando por mais vítimas, em tua saciedade,
Vomitas teu despojo em sua costa inóspita;
 Traiçoeiro em calma, horror em tempestade,
   Velejar em ti quem há de,
    Insondável mar!

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