quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Solstício de verão

Lágrimas soturnas
Luas em amargura
Na madrugada maculada
pelos resquícios do início
do solstício de verão.

Todo tempo esperado
desperdiçado, tudo vão
Por séculos, divaguei
Pela liberdade lutei
Mas apenas a escuridão,
a sombra da Vida enxerguei.

Agora para o Além parto
Sem esperanças ou ilusão
Na madrugada esquecida
Numa viagem só de ida
pelas Sombras ao luar
do solstício de verão.



J.A.Cabral 11/08

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