segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prometeu

O titã Japêto, filho de Urano (Céu) e GAIA (Géia), irmão de Saturno (Cronos), uniu-se a Clímene e teve quatro filhos : Menécio, Epimeteu, Atlas e Prometeu, o filho mais jovem. Prometeu tinha o Dom da profecia, e desde pequeno era criativo e inteligente, usando este Dom para comunicar-se com os deuses. Dessa maneira compreendia a essência de todas as coisas do universo. Na época do reinado de Saturno sobre a Terra, todos os homens eram iguais aos deuses, tendo sido atribuído a Prometeu, um mortal, a criação da raça humana, feitos de terra e água, ao qual ele dava o sopro divino com o ar. Com o advento do destronamento de Saturno por Júpiter (Zeus) e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Hades), surge a geração olímpica. Zeus impõe-se aos homens, fazendo valer sua supremacia divina. Com o aumento dos seres humanos, criados por Prometeu, eles se tornam rudes e arrogantes. Zeus, irritado com essa arrogância, impede os homens de usarem o fogo. Prometeu, compadecido dos homens, sua criação, resolve roubar o fogo do Olimpo e oferece-o aos homens, fazendo-os se tornarem muito parecidos com os deuses.
Enfurecido, Zeus, para se vingar de Prometeu e dos homens, pede a Hefestos (Vulcano) que fizesse uma virgem com uma beleza sem igual, feita de argila e água, dando-lhe luz e vida. Todas as divindades deram algo de si à criatura e Hermes (Mercúrio) lhe dá a perfídia e os discursos enganadores. Essa criatura se chamou Pandora. Desceu à terra e se aproximou de Epimeteu, irmão de Prometeu. Levava consigo uma caixa lacrada, sem saber o que continha. Epimeteu, apaixonado, a traz junto aos homens e ela se torna um deles, embora Prometeu o tivesse avisado para não receber presentes dos deuses. Epimeteu não se importa, e louco de paixão, leva-a para sua casa. Numa noite em que dormiam em seu quarto, curioso, Epimeteu abre a caixa de Pandora. Desta caixa então saem males terríveis que se espalham sobre a Terra e atormenta os homens. A violência, a miséria as doenças e tudo o que há de mal no mundo. Essa era a vingança dos deuses contra a arrogância dos homens. Não satisfeito, Zeus resolve afogar a humanidade, fazendo ocorrer um dilúvio durante quarenta dias e quarenta noites. Quando baixam as águas, ainda restavam seres humanos vivos. Deucalião, filho de Prometeu, recolhe animais e homens da Terra, para tornar a repovoá-la. Dentre esses homens estava Prometeu. Para garantir a paz no mundo e nos céus, Zeus prende Prometeu.

Pede a Hefestos (Vulcano) que construa correntes enormes e indestrutíveis, para que acorrentasse Prometeu, nu e de cabeça para baixo, no pico do Monte Cáucaso, onde uma águia viria arrancar-lhe, todos os dias, pedaços de seu fígado, que à noite se reconstruiria, e novamente pela manhã viria a águia para torturá-lo. Mesmo assim o rebelde Prometeu não se abate e, ainda orgulhoso e rebelde, desafia Zeus. Este flagelo dura trinta mil anos. Até que um dia, Prometeu envia uma mensagem telepática a Zeus, que na ocasião estava apaixonado por Thétis. De acordo com as leis do destino, desta união nasceria uma criança que seria o deus supremo de todo o universo, que o destronaria, assim como ele fez com seu pai Saturno, e seu pai com seu avô Urano. Zeus fica então em débito com Prometeu. Hércules, sabendo dessa dívida, pede a Zeus que pague com a imortalidade entregue por ele a Quíron, o centauro, que padecia de uma dor incurável, e só podendo livrar-se do flagelo se morresse. Zeus então retira a imortalidade de Quíron e a transfere a Prometeu, que se torna mais um entre os deuses imortais, afastando-se definitivamente dos homens e juntando-se a Zeus.

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