domingo, 14 de setembro de 2008

“Há muito, muito tempo no Reino Subterrâneo, onde não existem mentiras ou dor, viveu uma princesa que sonhava com o mundo dos humanos. Sonhava com o céu azul, a brisa suave e o brilho do sol. Um dia, burlando toda a vigilância, a princesa escapou. Uma vez do lado de fora, a luz do sol a cegou… e apagou da sua memória qualquer indício do seu passado. A princesa esqueceu quem era e de onde veio. O seu corpo sofria de frio, doença e dor. E no decorrer dos anos, ela morreu.Entretanto, seu pai, o Rei, sabia que a alma da princesa retornaria, talvez em outro corpo, em outro lugar, em outra época. E ele esperaria por ela, até seu último suspiro, até que o mundo parasse de girar…”

[narrativa inicial de O Labirinto do Fauno]

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