domingo, 21 de setembro de 2008

História sem fim

Puxe um único fio solto
e tudo retorna a mente
memórias infernais, detesto
mas, elas fazem parte de mim

Eu ultrapassei a tênue linha
A marca do limite
O segredo dentro de mim
Só uma vez eu quis ter
A chave para abrir a porta.

Queimando pensamentos
Todos eles, até o pó
Um sentimento agonizante
Presságio aterrorizante

Mas tudo está bem.
Por enquanto...
Até que a ultima sombra
Seja desfeita, e refeita
Entre os demônios da realidade

Um devaneio, sonho revelado
Além da terra distante
Onde simplesmente...
Abandonarei...
Onde dormirei em paz

Tudo isso está matando-me
Toda sua beleza - matando-me
Essa pureza não me convence

Eu quero continuar a ser
Tudo o que me tornei.
Mas, ao mesmo tempo,
Eu quero...não sei mais

O abismo no qual me lancei
[afundando, afundando]
cada vez mais distante da luz
nada pode impedir o que será
meu fim - inevitável

Um mergulho ao Submundo
As ilusões,saudades insanas
Eu estudei as possibilidades
O tempo deu-me asas
Agora sim posso voar
Para além desse pesadelo.

Atravessar o Espelho
a paranóica realidade
Nada para esperar, basta
nem a morte é uma esperança!
autocontrole, autodestruiçãonão,
não há outro caminho!!

Puxe um único fio solto
e tudo retorna a mente
Todas as memórias insanas,
Vagas; caracterizando friamente
a minha história sem fim.

J.A.Cabral 09/08

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