segunda-feira, 24 de março de 2008

Arthur Rimbaud - A Eternidade

De novo me invade.
Quem? É A Eternidade.
É o mar que se vai
Como o sol que cai.

Alma sentinela,
Ensina-me o jogo
Da noite que gela
E do dia em fogo.

Das lides humanas,
Das palmas e vaias,
Já te desenganas
E no ar te espraias.

De outra nenhuma,
Brasas de cetim,
O Dever se esfuma
Sem dizer: enfim.

Lá não há esperan?a
E não há futuro.
Ciência e paciência,
Suplício seguro.

De novo me invade.
Quem? É A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.

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