terça-feira, 25 de março de 2008

Poeta das tragédias celestes


Poeta das tragédias celestes
Roubando a beleza da floresta negra
Escreve no vento com o sangue da tempestade
Onde sua composição será tocada
E a perfeição cegará seus sentimentos

Poeta das tragédias celestes
Correndo pelos desertos gelados
Montanhas brancas de neve e horror
Onde um cisne voa para a ilusão
E o escuro canta para o medo dormir

Poeta das tragédias celestes
Navegando pelos oceanos desconhecidos
Cercado pela luz dos olhos da Noite
Onde um oásis seca diante de uma rosa
E as horas são devaneios eternos

Ao poeta
É dedicado o momento da aurora
O canto do rouxinol e o desabrochar dos lírios
Ao poeta
É destinada a beleza da madrugada
O brilho das estrelas e as ondas negras do mar
Ao poeta
Pertence a luz da imaginação
Abençoada no princípio da eternidade
Pois cabe ao poeta, a ele apenas
Anunciar as tragédias dos céus.


J.A.Cabral 01/07

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