sábado, 8 de março de 2008
Éros e Psiquê
Ninguém ia mais freqüentar o templo de Afrodite, porém iam ver Psiquê, a mais bela das mortais. Menosprezada e com ciúmes, Afrodite decidiu se vingar e pediu para seu filho Eros atirar uma flecha em Psiquê para que ela se apaixonasse pela criatura mais desprezível do mundo. Quando Eros foi fazer o que tinha pedido a mãe, viu a beleza de Psiquê e se apaixonou por ela. Embora todos a admirassem, nenhum homem jamais havia se apaixonado por ela. Preocupados, os pais de Psiquê queriam vê-la casada e foram solicitar a ajuda dos oráculos de Apolo. Mas Eros havia sido mais rápido e fizera Apolo aliado da sua conquista amorosa. Por isso faz com que Apolo diga aos pais de Psiquê que deveriam levá-la a uma colina, onde uma serpente a faria sua mulher. Tristes, os pais obedeceram. Psiquê adormeceu de tanto esperar e assim foi levada para um jardim florido, onde havia um castelo. Ela ouviu uma voz que a chamou para dentro dele. Ao anoitecer, Eros se aproximou, mas ela não o viu, pois ele estava protegido pela escuridão e ela teve medo de vê-lo. Mesmo assim ficou apaixonada. Psiquê dedicava todo seu amor a Eros que a visitava encapuzado. Eros fizera-a prometer que não veria suas irmãs, pois ele havia dito que se ela voltasse a vê-las isso poderia fazê-la sofrer. Porém, suas irmãs estavam tentando vê-la, pois achavam que ela estava infeliz. Eros fez Psiquê prometer também que nunca tentaria ver o rosto dele para não descobrir a sua verdadeira identidade. Psiquê aceitou todas as condições impostas por Eros. Porém, após tanto insistir, Eros deixou-a ver as irmãs. Ela conversou com as irmãs que ficaram com inveja dela e decidiram se vingar da irmã. Psiquê pediu para Eros deixar as irmãs voltarem ao castelo e ele permitiu. As irmãs voltaram, mas com intenção de vingança. Suas irmãs aconselharam Psiquê que pegasse um lampião e uma faca. Com o lampião ela deveria tentar ver seu rosto e se ele fosse um monstro ela deveria matá-lo com a faca. Psiquê ficou insegura e, ao anoitecer, Eros chegou e se deitou com ela. Quando ele adormeceu, Psiquê resolveu pegar o lampião e a faca e viu que Eros era um belíssimo homem. Arrependida, ela caiu no chão de joelhos e sem querer derramou uma gota de óleo do lampião no ombro de Eros e isso o feriu. Eros acordou e viu o que aconteceu. Em seguida foi conseguiu. Eros foi para junto de sua mãe, Afrodite, para que ela cuidasse de seu ferimento. A mãe descobriu que havia sido traída e planejou se vingar. Psiquê, em busca de seu amor, ia a todos os templos pedir ajuda aos deuses. Porém, todos com medo de Afrodite não a ajudaram. Decidiu, então, falar com Afrodite. A deusa mandou a jovem cumprir uma tarefa. Psiquê conseguiu cumpri-la. Afrodite ficou mais nervosa e mandou-a dormir no chão. Antes deu a ela como alimento um pão duro, pensando que Psiquê perderia a beleza. Afrodite cuidou para que Eros não visse a jovem e não se deixasse seduzir novamente por sua beleza. No outro dia, Afrodite fez com que Psiquê realizasse outras missões e em todas Psiquê se saiu bem. Após todas as missões cumpridas, Psiquê estava cansada e queria logo rever seu amor. Durante a volta da última missão que era entregar a caixa com um pouco de beleza à Perséfone, Psiquê pensou que deveria estar feia e que não conseguiria reconquistar seu amor e assim abriu a caixa. Porém, não viu nada e acabou adormecendo. Eros havia saído da mansão de sua mãe já curado e foi em busca de Psiquê. Encontrou-a adormecida, pegou o sono que a envolvia e o colocou na caixa novamente. Em seguida, falou para ela entregá-la à Afrodite, como se nada tivesse acontecido. Psiquê e Eros agora estavam juntos novamente. Eros foi falar a Zeus que queria casar-se. Zeus reuniu os deuses e deu a notícia. Para Eros casar-se com Psiquê, ela deveria se tornar imortal. Para isso Zeus deu-lhe de beber a ambrosia, bebida dos deuses, e declarou oficialmente Psiquê esposa de Eros. Da união de Eros e Psiquê nasceu Volúpio. Nada mais separaria os dois.
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